quinta-feira, 23 de abril de 2009

Analista Pleno Parte II - MCT Ministério Ciência e Tecnologia


Conhecimentos Específicos - C = Correto / E - Errado

Com relação a metodologias de planejamento, análise, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), inclusive de tecnologia da
informação (TI), empregados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), julgue os itens a seguir.

71 O ministério adota a metodologia do PMI (Project Management International) para elaboração dos seus projetos. (E)

72 A Plataforma Carlos Chagas é usada pelo MCT para o acompanhamento dos projetos que financia. (E)

73 Para efeito de acompanhamento e avaliação, o MCT desenvolveu bases próprias de dados e informações. (C)

74 É obrigatório a aplicação do instrumento de editais por esse ministério para a aquisição de bens e serviços e para a contratação de projetos. (E)

75 O MCT constitui-se como uma agência de fomento. (E)

76 O MCT dispõe de um fundo setorial específico para apoiar projetos de TI. (C)

Com relação às dimensões política, social, econômica e epistemológica das atividades de ciência e tecnologia (C&T), julgue os itens seguintes.

77 O objetivo de desenvolvimento sustentável está contemplado no conceito de inovação definido no Manual de Oslo, o que caracteriza a dimensão social das inovações. (E)

78 Inovação para competitividade caracteriza a dimensão econômica das atividades de C&T. (C)

79 A dimensão política do sistema de ciência, tecnologia e inovação (CT e I) tem seus limites estabelecidos pelas determinações do mercado de bens e serviços. (E)

Com relação ao conceito de capacidade tecnológica e competitividade, julgue os itens que se seguem.

80 Capacitação tecnológica significa potencial de aprendizagem, apropriação e geração própria de tecnologia. (C)

81 A distribuição assimétrica de doutores entre empresas, universidades e órgãos de governo tem colocado o Brasil em situação de superioridade em relação à capacidade
tecnológica, em comparação com os países em desenvolvimento. (E)

82 A aplicação do modelo da hélice tripla (HT) é essencial à contribuição das universidades no processo de capacitação tecnológica das empresas. (C)

Julgue os itens a seguir, com relação à política de informática.

83 Essa política inclui renúncia fiscal para empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e desenvolvimento em TI. (C)

84 A rede nacional de pesquisa visa ampliar a conectividade, com o mínimo, ou até mesmo nenhum, prejuízo à velocidade de acesso. (E)

85 A secretaria de desenvolvimento e inovação do MCT foi o órgão responsável pela formulação da política de informática implantada pelo ministério. (C)

86 A política de informática contém o programa sociedade da informação. (C)

Com respeito a estudos prospectivos sobre o mercado de TI, julgue os itens subseqüentes.

87 O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) tem realizado estudos prospectivos para antecipar a evolução de tecnologias, incluindo o mercado de TI. (C)

88 O MCT, por meio da FINEP, apóia investimentos de risco para ampliação do mercado de TI e também de outras empresas de base tecnológica. (C)

Com relação à fiscalização e auditoria de empresas, julgue os próximos itens.

89 O Tribunal de Contas da União é o único órgão autorizado a auditar os investimentos de risco nas empresas de TI. (E)

90 Os projetos de TI contratados com empresas públicas de informática, mesmo que especialmente criadas para este fim, são obrigatoriamente sujeitos a processos de licitação, conforme determina a Lei n.º 8.666. (E)

Julgue os itens a seguir, acerca da análise e prospecção do mercado de tecnologia da informação (TI), das políticas de incentivos fiscais, e das políticas públicas de TI.

91 No âmbito do governo federal os serviços de TI têm sido terceirizados, ampliando as oportunidades de mercado para atendimento das demandas do poder público. (C)

92 Educação a distância (EAD) foi iniciada no Brasil quando foi introduzida a Internet. (E)

93 As políticas de informação e comunicação são realizadas por meio da Lei de Informática em vigor, dos investimentos dos fundos setoriais de informática — CT-INFO — do Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST) e do Fundo Setorial das Telecomunicações. (C)

94 O Programa Sociedade da Informação (PSI) desconsiderou os estudos prospectivos do mercado de TI e as tendências internacionais para formulação da política de desenvolvimento da tecnologia da informação no país. (E)

95 A lei de informática em vigor prevê a concessão de incentivos fiscais para empresas de todos os portes que investem em projetos de planejamento e desenvolvimento em TI. (C)

96 A lei de informática em vigor desconsidera incentivos discriminados às regiões do país. (E)

97 Um objetivo importante do PSI refere-se ao processo de inclusão e alfabetização digital, que tem ampliado o mercado de TI. (C)

98 A disseminação do governo eletrônico faz parte da Política Nacional de TI, no sentido de proteger as informações confidenciais, sobre a tramitação dos projetos públicos. (E)

99 No âmbito do governo federal tem-se dado preferência aos produtos comerciais em lugar de software livre. (E)

100 O Livro Verde do PSI foi exposto a toda a sociedade brasileira e a comunidade internacional, que foram convidadas a participar do processo de crítica, consulta e
debates. (C)

Com relação a números complexos, considerando que é a unidade imaginária, julgue os itens que se seguem.

101 Em um sistema de coordenadas cartesianas xOy, identificando o espaço R2 com o conjunto dos números complexos C, o número complexo representa um ponto P que está sobre a reta , sendo a distância de P à origem igual a 16 unidades de comprimento. (E)

102 Se z é um número complexo tal que z + i … 0, o argumento de z + i é igual a e *z* = 1, então z é um número real. (C)

Com relação a espaços vetoriais e transformações lineares, julgue os seguintes itens.

103 Existem transformações lineares T: R3 ÷ R2 que são injetoras. (E)

104 Considerando V um espaço vetorial de dimensão finita sobre um corpo K e v1, v2, ..., vm vetores de V tal que todo vetor v de V possa ser escrito como v = k1v1 + k2v2 + ... + kmvm, em que k1, k2, ..., km são elementos do corpo K, nesse
caso, a dimensão de V, dim V, será menor ou igual a m. (C)

105 Considerando um número real 2 tal que 0 # 2 < 2B e definindo a transformação linear T2 : R2 ÷ R2 por T2 (x, y) = (xcos2 ! ysen2, xsen2 + ycos2), a transformação T2 será inversível, e sua inversa, T2 !1, será igual a T!2. (C)

106 No R3, considere a transformação T que a cada vetor (x, y, z) associa o seu refletido com relação ao plano xOy. Nesse caso, a matriz é a matriz de T com relação à base canônica de R3. (E)

Com relação a geometria analítica, considerando um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, julgue os itens subseqüentes.

107 Se A = (!3, 2) e B = (1, 6) são vértices de um triângulo eqüilátero ABC, então a área desse triângulo é inferior a 12 unidades de área. (E)

108 Se o ponto A = (5, !1) é o vértice de um quadrado que tem um de seus lados sobre a reta de equação 4x ! 3y ! 7 = 0, então a área desse quadrado é inferior a 9 unidades de área. (E)

109 O lugar geométrico dos pontos (x, y), tais que x2 + y2 !2x + 4y ! 20 = 0, é um círculo que tem o seu centro em algum ponto do 4.º quadrante e raio igual a 5. (C)

110 A distância do ponto A = (!6, 8) ao círculo de equação x2 + y2 = 9 é inferior a 6unidades de comprimento. (E)

Considerando a função , em um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, julgue os itens seguintes, que se referem a limites de funções e tópicos do
cálculo diferencial.

111 A função apresentada acima não está definida no ponto x = 1 mas, nesse ponto, os limites laterais são números reais e iguais. (E)

112 O ponto x = 0 é o único ponto de máximo relativo de f mas não é ponto de máximo absoluto. (C)

113 No ponto x = 2, a função f assume um ponto de mínimo relativo que é também um ponto de mínimo absoluto. (E)

Com relação aos teoremas de Rolle e do valor médio, julgue o item abaixo.

114 A equação 4x7 + 28x – 1 = 0 possui pelo menos duas raízes reais distintas. (E)

Com relação a máximos e mínimos, julgue o item que se segue.

115 Se, para cercar um terreno que tem a forma de um setor circular, forem necessários 200 m lineares de tela, então, para que a área cercada seja a maior possível, o comprimento do raio do setor circular deverá ser igual à metade do comprimento do arco de círculo. (C)

Julgue os itens seguintes, referentes ao cálculo integral.

116 A área da região do plano cartesiano xOy limitada pelos gráficos das funções e é superior a 11 unidades de área. (E)

117 No sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, o comprimento da curva representada pelo gráfico da função, entre os pontos O = (0, 0) e P = (4, ), é igual a unidades de comprimento. (C)

118 No sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, considere a curva representada pelo gráfico da função, compreendida entre os pontos de abcissas x = 0 e
x = 1. Nesse caso, girando essa curva no espaço, de 360º em torno do eixo Ox, obtém-se uma superfície de área inferior a 8 unidades de área. (E)

119 No sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, considere a região finita e limitada pelos gráficos das funções y = x2 e . Nesse caso, girando essa região no
espaço, de 360º em torno do eixo Ox, obtém-se um sólido de volume igual a B unidades de volume. (E)

120 No sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, considere a região finita e limitada pelos gráficos das funções y = x2 e . Nesse caso, girando essa região no
espaço, de 360º em torno do eixo Oy, obtém-se um sólido de volume superior a B unidades de volume. (E)

Analista Pleno / MCT - Ministério Ciência e Tecnologia


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - C= Correto / E = Errado

Com relação a metodologias de planejamento, análise, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), inclusive de tecnologia da
informação (TI), empregados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), julgue os itens a seguir.

71 O ministério adota a metodologia do PMI (Project Management International) para elaboração dos seus projetos. (E)

72 A Plataforma Carlos Chagas é usada pelo MCT para o acompanhamento dos projetos que financia. (E)

73 Para efeito de acompanhamento e avaliação, o MCT desenvolveu bases próprias de dados e informações. (C)

74 É obrigatório a aplicação do instrumento de editais por esse ministério para a aquisição de bens e serviços e para a contratação de projetos. (E)

75 O MCT constitui-se como uma agência de fomento. (E)

76 O MCT dispõe de um fundo setorial específico para apoiar projetos de TI. (C)

Com relação às dimensões política, social, econômica e epistemológica das atividades de ciência e tecnologia (C&T), julgue os itens seguintes.

77 O objetivo de desenvolvimento sustentável está contemplado no conceito de inovação definido no Manual de Oslo, o que caracteriza a dimensão social das inovações. (E)

78 Inovação para competitividade caracteriza a dimensão econômica das atividades de C&T. (C)

79 A dimensão política do sistema de ciência, tecnologia e inovação (CT e I) tem seus limites estabelecidos pelas determinações do mercado de bens e serviços. (E)

Com relação ao conceito de capacidade tecnológica e competitividade, julgue os itens que se seguem.

80 Capacitação tecnológica significa potencial de aprendizagem, apropriação e geração própria de tecnologia. (C)

81 A distribuição assimétrica de doutores entre empresas, universidades e órgãos de governo tem colocado o Brasil em situação de superioridade em relação à capacidade
tecnológica, em comparação com os países em desenvolvimento. (E)

82 A aplicação do modelo da hélice tripla (HT) é essencial à contribuição das universidades no processo de capacitação tecnológica das empresas. (C)

Julgue os itens a seguir, com relação à política de informática.

83 Essa política inclui renúncia fiscal para empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e desenvolvimento em TI. (C)

84 A rede nacional de pesquisa visa ampliar a conectividade, com o mínimo, ou até mesmo nenhum, prejuízo à velocidade de acesso. (E)

85 A secretaria de desenvolvimento e inovação do MCT foi o órgão responsável pela formulação da política de informática implantada pelo ministério. (C)

86 A política de informática contém o programa sociedade da informação. (C)

Com respeito a estudos prospectivos sobre o mercado de TI, julgue os itens subseqüentes.

87 O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) tem realizado estudos prospectivos para antecipar a evolução de tecnologias, incluindo o mercado de TI. (C)

88 O MCT, por meio da FINEP, apóia investimentos de risco para ampliação do mercado de TI e também de outras empresas de base tecnológica. (C)

Com relação à fiscalização e auditoria de empresas, julgue os próximos itens.

89 O Tribunal de Contas da União é o único órgão autorizado a auditar os investimentos de risco nas empresas de TI. (E)

90 Os projetos de TI contratados com empresas públicas de informática, mesmo que especialmente criadas para este fim, são obrigatoriamente sujeitos a processos de licitação, conforme determina a Lei n.º 8.666. (E)

Julgue os itens a seguir, acerca da análise e prospecção do mercado de tecnologia da informação (TI), das políticas de incentivos fiscais, e das políticas públicas de TI.

91 No âmbito do governo federal os serviços de TI têm sido terceirizados, ampliando as oportunidades de mercado para atendimento das demandas do poder público. (C)

92 Educação a distância (EAD) foi iniciada no Brasil quando foi introduzida a Internet. (E)

93 As políticas de informação e comunicação são realizadas por meio da Lei de Informática em vigor, dos investimentos dos fundos setoriais de informática — CT-INFO — do Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST) e do Fundo
Setorial das Telecomunicações. (C)

94 O Programa Sociedade da Informação (PSI) desconsiderou os estudos prospectivos do mercado de TI e as tendências internacionais para formulação da política de
desenvolvimento da tecnologia da informação no país. (E)

95 A lei de informática em vigor prevê a concessão de incentivos fiscais para empresas de todos os portes que investem em projetos de planejamento e desenvolvimento em TI. (C)

96 A lei de informática em vigor desconsidera incentivos discriminados às regiões do país. (E)

97 Um objetivo importante do PSI refere-se ao processo de inclusão e alfabetização digital, que tem ampliado o mercado de TI. (C)

98 A disseminação do governo eletrônico faz parte da Política Nacional de TI, no sentido de proteger as informações confidenciais, sobre a tramitação dos projetos públicos. (E)

99 No âmbito do governo federal tem-se dado preferência aos produtos comerciais em lugar de software livre. (E)

100 O Livro Verde do PSI foi exposto a toda a sociedade brasileira e a comunidade internacional, que foram convidadas a participar do processo de crítica, consulta e
debates. (C)

A metrologia é uma ciência interdisciplinar voltada para os diversos aspectos teóricos e práticos relativos às medições, quaisquer que sejam as incertezas envolvidas. Com respeito ao processo metrológico, julgue os itens seguintes.

101 Dois termos bastante utilizados em análises metrológicas são precisão e exatidão. De fato, esses termos são sinônimos e indicam o quão próximo determinado valor medido se encontra de seu valor real. (E)

102 De acordo com a nomenclatura atual adotada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), calibração de um equipamento de medição é o processo pelo qual as leituras do equipamento
sob análise são comparadas com os valores gerados pela unidade de medição padrão.

Ajuste de um equipamento de medição, por sua vez, é o processo de manutenção do
equipamento que tenha apresentado erro significativo durante a calibração. (C)

103 Os certificados de calibração emitidos no Brasil exibem resultados que refletem a situação momentânea do equipamento sob análise, indicando os erros desse equipamento em relação aos padrões nacionais. Assim, esses documentos não têm por objetivo atestar a plena aptidão de equipamentos para uso imediato em rotinas de medição. (C)

104 Se um instrumento de medição exibe erro sistemático bem determinado, então o resultado final da medição pode ser suficientemente exato.

A propriedade industrial é um instituto jurídico criado para proteção de invenções, modelos de utilidade, marcas, indicações geográficas e desenhos industriais.

A proteção legal faz-se por meio de patentes ou registros concedidos a pessoas físicas ou jurídicas. Com relação a patentes, designadas para proteção de invenções e modelos de utilidade, julgue os itens seguintes. (C)

105 A concessão de patentes no Brasil é de responsabilidade exclusiva do Instituto Nacional da Propriedade Industrial(INPI), uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. (E)

106 O prazo de vigência de patentes no Brasil é constante, independentemente da natureza ou modalidade da proteção requerida. Esse prazo é fixado em 25 anos a partir da data de deposição, após o qual a invenção torna-se de domínio
público. (E)

107 A Lei dos Crimes contra a Propriedade Industrial em vigor no Brasil estabelece para o infrator de patentes o pagamento de multa ou detenção de 3 meses a 1 ano. (C)

Com relação aos artigos 218 e 219 (Capítulo IV Da Ciência e Tecnologia) da Constituição da República Federativa do Brasil, julgue os itens seguintes.

108 Os estados e o Distrito Federal têm a obrigação de vincular 5% de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. (E)

109 A lei apoiará e estimulará as empresas que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada de salário, participação nos ganhos econômicos
resultantes da produtividade de seu trabalho. (C)

110 O mercado interno não integra o patrimônio nacional, mas será incentivado de modo a viabilizar exclusivamente a autonomia tecnológica do país, nos termos de lei federal. (E)

A respeito da terminologia adotada em tecnologia da informação (TI), julgue os itens subseqüentes.

111 HotSpotss são pontos de acesso à Internet sem fio, por meio da tecnologia Wi-Fi, em estabelecimentos que trabalham com atendimento ao público, tais como restaurantes, cafés, hotéis e aeroportos, por exemplo. (C)

112 A tecnologia Bluetooth possibilita a comunicação wireless entre dispositivos, sem que haja necessidade de campo de visada direta entre transmissor e receptor. Uma típica conexão Bluetooth pode ser ilustrada por mouse, teclado e impressora conectados sem fio a um PC. (C)

113 Em computação, protocolo é um formato padronizado para controlar ou possibilitar a conexão, comunicação e transferência de dados entre dois computadores. Atualmente,
o único protocolo utilizado pela Internet é o http. (E)

114 A largura de banda de uma conexão Internet é definida como a quantidade de informação (ou dados) que ela pode enviar em determinado período de tempo. Se uma conexão possui largura de banda de 8 Gbps, ela pode transferir um milhão de
bytes por segundo. (C)

Base de dados refere-se a um conjunto de registros, dispostos em estrutura regular, para produção de informação. Com respeito aos aspectos fundamentais de bases de dados, julgue os itens seguintes.

115 O Sistema Gerenciador de Banco de Dados é o organismo nacional responsável pelo controle, pela fiscalização e pela aplicação dos direitos de propriedade sobre determinada base de dados. (E)

116 O modelo de base de dados mais difundido no momento é denominado de relacional, consistindo de uma coleção de estruturas de dados tabulares, uma coleção de operadores matemáticos relacionais e uma coleção de restrições da integridade. Uma das vantagens das bases de dados relacionais é que elas permitem aos usuários escreverem consultas não previstas pelo projetista da base de dados. (C)

117 Microsoft Access, Microsoft Excel, dBase e Oracle são todos exemplos de aplicativos de base de dados. Quanto à tecnologia industrial, julgue os itens seguintes. (E)

118 Instrumentação de ultra-som é amplamente empregada no controle de qualidade de processos industriais, pois é relativamente barata, robusta, segura, não-invasiva e exibe boa sensibilidade e tempo de resposta. A configuração mínima de uma instrumentação de ultra-som requer dois sensores: um para transmissão e outro para recepção de ultra-som. (E)

119 Ferramentas computacionais têm contribuído para o constante desenvolvimento da tecnologia industrial. Nesse contexto, CAD (computer-aided design) refere-se a uma
ferramenta computacional completa que possibilita o projeto e a manufatura de estruturas complexas, como carros e aviões, por exemplo. (E)


120 Die casting e injection moulding são dois importantes processos industriais, nos quais um material em estado líquido é injetado sob alta pressão no interior de moldes (ou formas) para a confecção de peças sólidas após resfriamento.

No processo die casting, o material líquido utilizado é metal, enquanto no processo injection moulding, é utilizado plástico. (C)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Assistente / MCT - Ministério Ciência e Tecnologia


Gabarito: C = Correto / E = Errado / X = Anulado

CONHECIMENTOS BÁSICOS

A executiva norte-americana Nancy Tennant, responsável pela transformação da Whirlpool — o maior fabricante de utilidades domésticas dos EUA — em um pólo de inovação permanente, esteve no Brasil e falou sobre os desafios de incorporar a inovação ao dia-a-dia dos negócios. Reportagem: Fala-se muito em inovação hoje.

O que é exatamente inovação? Nancy: Na Whirlpool, adotamos uma definição muito específica. Para um produto ser inovador, ele tem de ser inédito no mercado, ter uma vantagem competitiva e ser único. Também tem de oferecer valor para o consumidor e a empresa, poder ser vendido.

Report: Nos últimos tempos, a inovação virou moda. Ela não foi sempre importante? Nancy: É verdade. Há um artigo da professora Rosabeth Moss Kanter, publicado na Harvard Business Review, em que ela fala sobre as grandes ondas de inovação que ocorreram na indústria. Nos anos 70, a inovação se deu em cima da qualidade; nos 80, ocorreu em torno da produtividade; e nos 90, esteve relacionada com o mundo digital. Agora, a onda são os produtos com novas funcionalidades para atender a novas necessidades do consumidor.

Report: Como uma empresa pode incorporar a inovação no dia-a-dia?
Nancy: Há cinco anos, eu diria que seria preciso fazer uma grande mudança, inflamar as pessoas, treiná-las e desenvolver métricas claras para medir os resultados. Achava
que você tinha de ficar isolado com um pequeno grupo de pessoas, pensando em uma solução inovadora. Depois, percebi que a inovação está dentro de cada um de nós. De repente, me dei conta de que a forma certa de a inovação acontecer é deixar a coisa fluir. Quando todo mundo está impregnado do espírito da inovação, ela vem até você, todos os dias. Se eu abrir espaço para você dar vazão a sua paixão, a mudança acontece.

Report: Qual o maior inimigo da inovação e como podemos derrubá-lo?
Nancy: A mesmice. Fazer sempre tudo igual e esperar que as pessoas concordem com isso. E acho que, para derrubá-la, é preciso mostrar exemplos de como a
diversidade, a diferença e a originalidade podem trazer resultados excepcionais.

Época, n.º 533, 4/8/2008, p. 72-4 (com adaptações). Com relação às idéias e aos aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os itens de 1 a 10.

1 É possível depreender da primeira resposta da senhora Nancy à reportagem que o conceito de inovação é único, para qualquer empresa que queira inovar. E

2 Depreende-se da leitura da entrevista que a opinião de Nancy Tennant sobre o modo como uma empresa pode incorporar a inovação foi sempre a mesma. E

3 Os travessões empregados no primeiro parágrafo do texto isolam comentário pessoal do autor em relação aos fatos descritos. E

4 A expressão “dia-a-dia” é grafada com hífen porque está empregada como substantivo (sinônimo de cotidiano). Caso a expressão seja empregada como advérbio, dispensase o hífen, tal como no seguinte exemplo: Ele se recupera da doença dia a dia. C

5 Na oração “Nos anos 70, a inovação se deu em cima da qualidade”, “em cima de” tem o mesmo significado que na oração a seguir: Os consumidores observam as mercadorias organizadas em cima das prateleiras. E

6 A omissão da preposição “a”, em “atender a novas necessidades do consumidor”, não prejudica a correção gramatical nem o sentido original do texto. C

7 A palavra “inflamar”, que significa colocar em chamas, pôr fogo, está empregada, no texto, em sentido figurado, como sinônimo de estimular, incitar. C

8 Os termos da oração “seria preciso fazer uma mudança” podem ser invertidos da seguinte forma, sem se prejudicar a correção do texto: fazer uma grande mudança
seria preciso. X

9 O pronome de tratamento “você” é empregado, na fala da entrevistada, em sentido genérico, em referência a qualquer pessoa e, não, especificamente, ao interlocutor. C

10 É facultativo o emprego do acento grave indicativo de crase na oração “para você dar vazão a sua paixão”. C

Texto para os itens de 11 a 20

S. Paulo, 25-III-35.

Portinari meu amigo,

Já estava assustado com o seu silêncio. Aqui tudo na mesma. Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses, pra que venham ver o meu retrato que todos anseiam por ver. Escreverei depois contando os gritos de entusiasmo do pessoal. Todos que aparecem por aqui se assombram com o retrato. Às vezes me paro em
frente do seu quadro e fico, fico, fico, não só perdido na beleza da pintura, mas me refortalecendo a mim mesmo. O carnaval aqui esteve bem divertido, apesar da frieza paulista. Eu pelo menos me diverti à larga e os bailes estiveram colossais, todos dizem. Vejo pela sua carta que a coisa não foi tão divertida assim e lastimo por vocês. Agora aqui está fazendo uma delícia de dias claros, mornos, sem chuva e noites quase frias, gostosas da gente dormir. Vai chegar a grande época de S. Paulo, abril, maio, com tardes que a gente chega a pensar que vai arrebentar de tanta gostosura. É o tempo aliás em que levo um pouco flauteadamente a vida porque não há meio, para um gozador que nem eu, de ficar encerrado dentro de casa, com um tempo assim lá fora. Viro passarinho, viro flor, não sei o que viro, sei é que me esqueço de ser Mário, nestas tardes sublimes. Venha com Maria apreciar a coisa. No resto, continuo na minha vidinha, sempre com saudades de vocês dois e dos nossos momentos de convívio, infelizmente tão pequenos. Um grande abraço pra você e outro pra Maria.

Mário.
Internet: (com adaptações).

No que se refere à organização das idéias, a aspectos gramaticais e à tipologia do texto, julgue os próximos itens.

11 Depreende-se do texto que a carta de Mário a Portinari foi escrita durante o carnaval. E

12 Quanto à tipologia, o texto classifica-se como predominantemente narrativo. C

13 Pode-se subentender, no segmento “Aqui tudo na mesma”, a palavra situação, à qual o pronome “mesma” se refere. C

14 Na oração “Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses”, a correção gramatical seria mantida caso a preposição “a” fosse substituída por para. C

15 É obrigatório o emprego do acento grave indicativo de crase em expressões adverbiais formadas por palavras femininas tais como “Às vezes” e “à larga”. C

16 Prejudicaria a correção gramatical do texto o emprego de vírgulas para isolar a expressão “pelo menos”, dado o caráter restritivo que ela adquire no período. E

17 Não haveria prejuízo para o sentido original do texto se, na construção “com tardes que a gente chega a pensar que vai arrebentar de tanta gostosura”, a forma verbal “vai” estivesse flexionada na terceira pessoa do plural. E

18 No segmento “levo um pouco flauteadamente a vida”, o autor da carta declara que tem momentos de ociosidade, que deixa os compromissos um pouco de lado. C

A partir do texto, julgue os seguintes itens, acerca da redação de correspondências oficiais.

19 A carta de Mário a Portinari é caracterizada pela impessoalidade, condição essencial à redação de correspondências oficiais. E

20 A forma e o alinhamento dados a local e data no texto estão de acordo com as normas de padronização de documentos oficiais como o aviso, o ofício e o memorando. E


Todos os 600 candidatos inscritos em determinado concurso usaram as apostilas A, B e C para se preparar. Sabe-se que 290 candidatos usaram a apostila A, 330 usaram a apostila B, 290 usaram a apostila C, 135 usaram as apostilas A e B, 90 usaram as
apostilas A e C, 150 usaram as apostilas B e C e 65 usaram as 3 apostilas.

Nesse caso, é correto afirmar que
21 mais de 140 candidatos usaram apenas a apostila A. E
22 menos de 135 candidatos usaram a apostila C mas não usaram a apostila B. E

Entre os 7 servidores do setor de administração de um órgão público, 3 serão escolhidos para cargos de chefia. Considerando que todos os 7 servidores são igualmente competentes para ocupar qualquer das chefias, julgue os itens seguintes.

23 Se forem 3 cargos de chefia diferentes, e apenas um servidor ocupar cada um desses cargos, a quantidade de possibilidades de escolha será inferior a 40. E

24 Considere que os servidores sejam divididos em dois grupos A e B e que os 3 cargos sejam também divididos em 2 grupos em que o primeiro grupo tenha 2 desses cargos. Se cada servidor do grupo A puder ocupar apenas um dos cargos do primeiro grupo e o cargo do segundo grupo for ocupado por um único servidor do grupo B, então o maior número de possibilidades de escolha dessas chefias ocorrerá quando o conjunto A tiver 5 servidores e o conjunto B, 2 servidores. C

Texto para os itens de 25 a 30

A lógica formal representa as sentenças em linguagem do cotidiano feitas para apresentar fatos e para a comunicação. Uma proposição é uma sentença que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F) independentemente de que se possa decidir qual é a alternativa válida. Para se representar as proposições, usam-se freqüentemente as letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc. Proposições simples são aquelas que não contêm qualquer outra em sua formação. Na comunicação, para formar proposições compostas, mais complexas e completas, combinam-se proposições simples por meio de conectivos: “e”, indicado por v, e “ou”, indicado por w. Usa-se também o modificador “não”, indicado por ¬, para produzir a negação de uma proposição. Proposições A e B podem ser combinadas na forma “se A, então B” (ou A implica B), indicada por A÷B, em que o conectivo ÷ é o condicional (ou implicação).

O julgamento de uma proposição composta depende do julgamento que se faz de suas proposições componentes mais simples. Considerando todos os possíveis julgamentos
(ou valorações) V ou F das proposições simples A e B, tem-se a seguinte tabela-verdade para algumas proposições compostas básicas:
A B AvB AwB ¬A A÷B
V V V V F V
V F F V F
F V F V V V
F F F F V

Duas equivalências fundamentais são as denominadas Leis de De Morgan: ¬(AwB), significando ¬Av¬B e ¬(AvB), significando ¬Aw¬B.

Um argumento é uma relação que associa um conjunto de proposições A1, A2, ..., An — denominadas premissas — a uma proposição B — denominada conclusão. Diz-se que o argumento é um argumento válido quando a conclusão é uma conseqüência necessária de suas premissas, isto é, a verdade de suas premissas garante a verdade da conclusão, sendo irrelevante o valor de verdade de suas premissas.

Com base nas informações do texto, julgue os itens de 25 a 28.

25 Considere as seguintes proposições.
A: 3 + 3 = 6 e 4 × 2 = 8;
B: 3 + 1 = 6 ou 5 × 3 = 15;
C: 4 ! 2 = 2 ou 6 ÷ 3 = 4.

Nesse caso, é correto afirmar que apenas uma dessas proposições é F. E

26 Considere as seguintes proposições.
A: Se 3 < 5, então 4 < 2;
B: Se 5 é par, então todo palmeirense é sãopaulino;
C: Se São Paulo é a capital do Rio de Janeiro, então Brasília fica na Região Centro-Oeste.

Nesse caso, há apenas uma proposição F. C

27 A tabela abaixo corresponde à tabela-verdade da proposição AvB÷AwB. E
A B AvB÷AwB
V V V
V F F
F V F
F F F

28 A tabela abaixo corresponde à tabela-verdade da proposição AwB÷AvB. C
A B AwB÷AvB
V V V
V F F
F V F
F F V

29 Considere que A seja a seguinte proposição: O concurso será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB. Nesse caso, a proposição ¬A é assim expressa: O concurso não será regido por este edital ou não será executado pelo CESPE/UnB. C

30 Considere as seguintes proposições.
A: Os funcionários da prefeitura falam inglês;
B: Quem fala inglês é inteligente;
C: Os fofoqueiros não são inteligentes;
D: Algum fofoqueiro é funcionário da prefeitura.

Nesse caso, considerando as proposições A, B e C como premissas de um argumento e D como a conclusão, então o argumento é um argumento válido. E

Com relação aos sistemas operacionais Windows XP, Windows Vista e Linux, julgue os itens a seguir.

31 O Windows XP substituiu o Windows Vista, implementando diversas funcionalidades avançadas como sistema de gerenciamento de energia. E

32 Existem diversas compilações do Linux, como Red Hat, Kurumin e Suse. C

Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do PowerPoint 2003 contendo um slide em edição, julgue os próximos itens, acerca do Word 2003, do Excel 2003 e do
PowerPoint 2003.

33 Para se alterar a cor do gráfico mostrado, é suficiente ativar o gráfico, aplicar um clique duplo sobre a cor a ser alterada, selecionar a nova cor e clicar OK. C

34 A tabela e o gráfico mostrados na figura tanto poderiam ser criados no Word como no Excel. C

35 A ferramenta possui a função de iniciar a apresentação em elaboração no Power Point. E

36 Se a planilha fosse copiada para o Excel, iniciando em A1, o valor máximo dos dados nela apresentados poderia ser calculado utilizando-se a fórmula =Máximo (B2:E4). C

37 Para se efetuar correções na grafia das palavras, é necessário copiar o conteúdo do slide para o Word, já que essa funcionalidade é exclusiva desse programa. E

Julgue os itens a seguir, com relação a conceitos de correio eletrônico, Internet e intranet.

38 Para se enviar uma cópia oculta de uma mensagem eletrônica para um terceiro, utilizando-se o Outlook Express, é suficiente indicar o endereço desse terceiro no campo Cco:. C

39 O maior problema na utilização dos recursos da Internet é a segurança das informações. Esse problema pode ser totalmente resolvido instalando-se hardware de criptografia. E

40 A diferença entre Internet e intranet está no fato de esta ser acessada apenas na rede interna da empresa, enquanto aquela pode ser acessada de qualquer lugar. E

This text refers to items from 41 through 50.

There are several ways of collecting and understanding information and finding answers to your questions — research is one way. The difference between research and other ways of obtaining answers to your questions is that in a process that is classified as research, you work within a framework of a set of philosophies, use
methods that have been tested for validity and reliability, and attempt to be unbiased and objective. Research has many applications. You need to have research skills to be an effective service provider, administrator/manager or planner. As a professional who has a responsibility to enhance professional knowledge, research
skills are essential. The typology of research can be looked at from three perspectives: application, objectives and the inquiry process. From the point of view of the application of research, there is applied and pure research. Most of the
research undertaken in the social sciences is applied, the findings being designed either for use in understanding a phenomenon/issue or to bring change in a program/situation. Pure research is academic in nature and is undertaken in order to gain knowledge about phenomena that may or may not have application in the near future, and not develop new techniques and procedures that form the body of research
methodology.

Internet: (adapted). Based on the text, judge the items below.

41 There is more than one way of collecting and understanding information and finding answers to one’s question besides research. C

42 Research is a work whose process differs from all the others.C

43 Researchers must try to have prejudice against objectivity. E

44 Only those who act as managers ought to have the abilities required to do research work. E

45 Pure research, as it were, is supposed to be found in the application of research. C

46 Research in the social sciences can be considered as applied research. E

47 Pure academic research activities cannot be applied in the short run. E

In the text,
48 “validity” means valuable. E
49 “undertaken” is the same as carried out. C
50 “procedures” means a set of actions which is the accepted way of doing something. C

CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES

A respeito dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal (CF), julgue os itens seguintes.

51 Caso um oficial de justiça, mediante determinação judicial, adentre, sem consentimento do morador, em sua propriedade privada, durante a noite essa atitude estará em conformidade com a CF. E

52 A autoridade competente poderá usar propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. C

53 A CF garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade. C

Julgue os itens subseqüentes, relativos à organização político administrativa
da República Federativa do Brasil, à administração pública e aos Poderes Executivo e Legislativo. C

54 De acordo com a CF, compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios legislar concorrentemente sobre orçamento. E

55 Caso um servidor público ocupante de cargo efetivo vá exercer de mandato eletivo federal, ele deverá afastar-se do citado cargo. C

56 Se que o vice-presidente da República, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por 30 dias, ele estará sujeito à perda de seu cargo, pois a CF não permite que ele se ausente do país, sem licença do Congresso Nacional, por período superior a 15 dias. C

57 De acordo com o processo legislativo constitucional, para que uma proposta de emenda à CF seja aprovada, ela dever ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em único turno, e aprovada por três quintos dos votos dos
respectivos membros. Com referência ao regime jurídico dos servidores públicos da
União, às normas gerais de licitações e contratos e à doutrina acerca dos princípios que regem a administração pública, julgue os itens subseqüentes. E

58 Considerando que um servidor público aposentado por invalidez, tenha retornado à atividade, tendo em vista que a junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos de sua aposentadoria, é correto afirmar que ocorreu a recondução do servidor. E

59 A duração dos contratos administrativos, em regra, fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, sendo, porém, permitida a prorrogação de sua duração por iguais e sucessivos períodos, limitada a 60 meses, no caso de prestação de serviços executados de forma contínua. C

60 O princípio da supremacia do interesse público confere à administração pública poderes para realizar desapropriação e para o exercício do poder de polícia. C

Com relação ao Decreto n.º 5.886/2006, que regula as competências do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), julgue os seguintes itens.

61 A formulação da política espacial não compete ao MCT, sendo responsabilidade exclusiva Agência Espacial Brasileira. E

62 A Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa coordena a execução do Sistema Brasileiro de Tecnologia, no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SDTI) e dos institutos vinculados ao MCT. C

63 A coordenação dos programas de incentivos fiscais é de competência da SDTI. C

64 Compete à SDTI coordenar a realização de estudos para formulação da política de informática. C

65 Por se tratar de um instituto privado, a gestão do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer independe do MCT. E

Com relação ao Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n.º 1.171/94), julgue os seguintes itens.

66 Causar qualquer dano à instalação pública constitui ofensa apenas aos contribuintes. E

67 Os servidores públicos podem responder a ações de danos morais por darem respostas intempestivas às demandas de serviços dos usuários. C

68 Legalidade e ética têm o mesmo significado para o servidor público. E

69 Cortesia e competências conversacionais são requisitos legalmente previstos para a prestação dos serviços públicos. E

70 Os servidores públicos, em quaisquer casos, devem obedecer às determinações dos superiores hierárquicos. E

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A Lei n.º 8.429/1992 dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública. Acerca dessa lei, julgue os itens a seguir.

71 Os servidores da administração indireta não são abrangidos pela referida lei. E

72 O Ministério Público poderá oferecer transação ao réu na ação de improbidade, desde que este se comprometa a reparar o dano. X

73 Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. C

74 Constitui ato de improbidade administrativa receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público. C

75 A posse do servidor público não está condicionada à apresentação de sua declaração de bens, visto que todo cidadão tem o direito à privacidade e ao sigilo fiscal garantidos pela Constituição Federal. E

76 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. X

77 Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício.
Julgue os itens de 78 a 84, relativos à Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal. C

78 De acordo com a referida lei, o Ministério da Ciência e Tecnologia enquadra-se no conceito de entidade. E

79 É direito do administrado ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas. C

80 São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 21 anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. E

81 É vedado aos órgãos administrativos, em quaisquer hipóteses, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares. E

82 É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria. C

83 O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. C

84 Caso haja recurso da decisão administrativa e o recorrente alegue que a decisão administrativa contraria enunciado de súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de
encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. C

Acerca das técnicas de arquivamento, julgue os itens seguintes.

85 A função primordial dos arquivos de disponibilizar as informações contidas nos documentos só acontecerá se os documentos forem corretamente avaliados. E

86 Os métodos de arquivamento pertencem a dois grandes sistemas: direto e indireto. Sendo que o método alfabético é do sistema direto. C

87 Na alfabetação de nomes de espanhóis, o registro é feito pelo prenome. E

88 Na ordenação alfabética de pastas abertas por nome de personalidades, os títulos não são considerados na alfabetação, são colocados após o nome completo, entre
parênteses. C

89 Os arquivos correntes são formados pelos processos abertos no protocolo, enquanto os outros tipos de documentos(correspondências, relatórios, projetos, entre outros) são armazenados nos arquivos setoriais. E

90 Os arquivos correntes são constituídos de documentos com grande possibilidade de uso e são consultados como ponto de partida de projetos ou para tomada de decisões. C

91 A procedência de um documento de arquivo em um ministério refere-se à pessoa física ou jurídica a quem se relaciona o processo ou documento. E

92 Após o cadastramento do processo e(ou) documento, deve ser feito um controle das movimentações, conhecidas como tramitação, visando a sua localização física e a prestação de informações às partes interessadas. C

93 A autuação é a formação do processo. Sendo assim, os documentos que não passem por uma tramitação não devem ser autuados, tais como: convites para festividades,
comunicação de posse, remessa para publicação, pedido de cópia de processo, desarquivamento de processo e outros que, por sua natureza, não devam constituir processo. C

94 O desmembramento é a retirada de folhas ou peças de um processo, mediante despacho prévio da autoridade competente. E

Com relação ao orçamento e à contabilidade pública, julgue os itens subseqüentes.

95 O princípio do equilíbrio estabelece que o total da despesa orçamentária não pode ultrapassar o total da receita para cada exercício financeiro. C

96 O regime contábil adotado para a contabilidade pública é o regime de caixa, pois pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. E

97 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada à conta dos mesmos
créditos e as dotações disponíveis. C

98 O princípio orçamentário da unidade determina que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho a previsão da receita e a fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e contração de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita. E

99 O empenho é o estágio da execução da despesa pública que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. É nessa etapa que o fornecedor emite notas fiscais, recibos ou faturas e o Estado atesta o recebimento dos bens ou a execução dos serviços. E

Com relação à administração financeira, de material e de recursos humanos, julgue os itens que se seguem.

100 A administração do capital de giro de uma empresa é uma atividade cotidiana que assegura que os recursos sejam suficientes para continuar a operação, visando evitar
interrupções dispendiosas. C

101 O impacto do controle de estoque na produtividade da empresa é desprezível. E

102 Treinamento é um processo educacional de curto prazo aplicado de maneira sistemática e organizada, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. C

103 Na análise da gestão empresarial, o lucro operacional reflete o valor gerado pelo próprio negócio da empresa. C

104 Em administração financeira, despesas são gastos realizados com o objetivo de gerar receita durante vários anos e investimentos são gastos efetuados para a manutenção de atividades administrativas e comerciais rotineiras. E

105 A principal função da administração de material é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, pois estoques elevados acarretam elevado capital de giro e faltas de estoques podem acarretar o atraso de entregas e a
perda de clientes, entre outros prejuízos. C

106 As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus membros e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos
individuais. C

107 O recrutamento externo é o processo de captação de recursos humanos que privilegia os próprios trabalhadores da empresa. E

As instituições que oferecem um atendimento de qualidade têm mais usuários satisfeitos e são mais bem-sucedidas. Acerca da qualidade no atendimento ao público, julgue os próximos itens.

108 Apresentar a solução antes de o usuário ter terminado de expor o problema demonstra competência, sendo uma conduta adequada no atendimento ao público. E

109 Embora a habilidade de escutar ativamente o usuário possibilite a construção de bons relacionamentos, não contribui para a melhoria na forma de prestar o serviço de
atendimento. E

110 A percepção dos usuários quanto à qualidade do atendimento tem vínculo estreito com a maneira como os atendentes são tratados pela organização em que atuam. C

Considerando que a equipe responsável por determinado projeto esteja encontrando muitas dificuldades na implementação deste, devido a problemas de relacionamento entre os membros da equipe, julgue os itens a seguir, relativos às medidas que podem
ser tomadas para resolver essa situação.

111 Uma condução adequada do grupo poderá ajudar os participantes a enfrentar as dificuldades pessoais que impedem uma abordagem construtiva nos contatos
interpessoais. C

112 A prática da comunicação direta, baseada em fatos, permitirá uma mudança de postura pautada no diálogo sincero e na confiança recíproca, o que facilitará os relacionamentos. C

Em um setor de atendimento ao público, verificou-se a existência de problemas nos serviços prestados, tendo em vista as reclamações freqüentes dos usuários.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, relativos à qualidade no atendimento ao público.

113 Na situação descrita, usuários desagradáveis e exigentes poderiam justificar as dificuldades, com impacto negativo na qualidade do atendimento prestado. E

114 Uma melhoria na avaliação da qualidade do atendimento poderá ser obtida, caso os atendentes se mostrem sensíveis às necessidades individuais dos usuários, enquanto atendem às solicitações. C

115 Um treinamento direcionado para o desenvolvimento de atitudes como cortesia e boas maneiras seria suficiente para a eficiente prestação do serviço de atendimento, na situação apresentada. E

116 O maior cuidado no modo de falar com os usuários auxiliará na manutenção de um bom contato interpessoal, sem interferir na qualidade do atendimento. E

No que se refere ao trabalho em equipe, julgue os itens que se seguem.

117 A produtividade de uma equipe é um indicador da eficácia e do nível de compreensão entre os seus membros. C

118 As atitudes defensivas podem dificultar um bom relacionamento entre os membros da equipe, dificultando o alcance das metas negociadas. C

119 A capacidade de lidar com as diferenças individuais é fator facilitador no processo de desenvolvimento de equipes. C

120 Uma conduta empática, embora facilite a interação, dificilmente diminui a possibilidade de estereótipos, que comumente ocorrem entre os membros da equipe. E

NE - Neste concurso "chutei" todas as questões com C = Corretas, obtive 60 acertos, no total com 3 questões anuladas e 57 = E.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Professor de Educação básica II / Sorocaba - Cetro


LÍNGUA PORTUGUESA
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.

Para educar é necessário ser impopular - Rosely Sayão

Outro dia a mãe de um garoto de sete anos contava que o filho vinha mostrando curiosidade em conhecer determinado tipo de revista para adultos e citava como exemplo a conhecida "Playboy". Os amiguinhos da escola comentavam freqüentemente com ele o que viam na revista, e, também por isso, a mãe estava em dúvida sobre como proceder com o filho nessa situação. Apesar de não ter sido explícita, a mãe queria
mesmo era saber se deveria ou não deixar o filho ter acesso à revista.

Como estamos falando de uma criança de apenas sete anos, muitos pais já têm a resposta na ponta da língua: "Sete não!" Mas, se falássemos de garotos de 12, 13 anos, muitos pais não teriam dúvida: comprariam a revista para o filho. Aliás, muitos já fizeram isso quando a capa foi de uma garota conhecida deles pela TV. E, com maior naturalidade, os pais me disseram que, se não tivessem comprado a revista, o filho a teria visto na escola. Bela desculpa para explicar a omissão educativa!

Sim, provavelmente o filho teria visto na escola. Mas é muito diferente ver uma revista desse tipo – que tem uma advertência na capa avisando ser para maiores de 18 anos – escondido dos adultos do que recebê-la das mãos dos próprios
pais.

Por que hoje tantos pais estão com esse tipo de dúvida? Vale ressaltar dois motivos.

Proibir tem sido difícil, e mais difícil ainda tem sido remar contra a maré, ser diferente da maioria dos outros pais. Como educar é difícil! Há 30 anos, os pais
achavam que sabiam a melhor maneira de educar os filhos. E, sem dúvidas e com todas as certezas, faziam o que achavam certo. Mas hoje, com tantas informações, com tantas teorias, os pais estão com todas as dúvidas e nenhuma certeza.

Mesmo assim, educar é preciso! E educar um filho significa, ainda, ensinar a ele todos os princípios, os valores, a moral e as virtudes que os pais valorizam. Por isso não deve importar aos pais se aquilo em que acreditam é considerado
moderno ou não, careta ou não.

Seu filho vai reclamar quando você disser que ele não tem idade para ver a "Playboy"? Vai chamar você de careta e dizer que legais mesmo são os pais dos amigos? E vai procurar ver a revista assim mesmo? Vai. Não importa. O que importa é o ato educativo, e os pais não podem se omitir dessa responsabilidade.

1. Observe as afirmativas abaixo.

(11) Ser moderno, aceitar tudo que os outros pais fazem como algo “normal”, ainda que vá contra seus princípios, apenas para não entrar em confronto com o filho, não implica ser bom pai.
(15) O bom pai, preocupado em não ser chamado de careta, faz como o pai dos amiguinhos de seu filho, cedendo aos seus caprichos. Já que não vai conseguir evitar que ele veja a revista proibida para menores de 18 anos, é preferível ele mesmo
comprar, pois as crianças são curiosas.
(26) Os pais têm muita preocupação em acertar na educação de seus filhos, buscam informações e teorias modernas para saberem como agir diante de determinadas situações, porém, ao invés disso, ficam cada vez mais inseguros.
(8) Educar, há 30 anos, era muito fácil, pois não havia tantas teorias, os pais sabiam que atitudes tomar com seus filhos e agiam da maneira correta.

Assinale a alternativa que corresponda à soma das afirmativas corretas em relação ao texto.
(A) 45
(B) 31
(C) 37
(D) 26
(E) 34

2. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o que se depreende do texto.
(A) É mais importante educar do que ser considerado, por seu filho, o “cara legal” que ele espera encontrar em você.
(B) Dá menos trabalho ser rígido em algumas atitudes, e criam-se menos animosidades do que fazer o que “os pais bonzinhos” fazem.
(C) Ensinar aos filhos todos os princípios, os valores, a moral e as virtudes que tornam a sociedade melhor é obrigação dos pais.
(D) Uma criança de 12 ou 13 anos ainda não está madura o suficiente para ver revistas proibidas para menores de 18 anos, nesse caso, a ação dos pais não deve ser diferente da que eles teriam com uma criança de sete anos.
(E) A dúvida da mãe sobre se deveria ou não deixar o filho ter acesso à revista, apesar de não ter sido explícita, certamente não ocorreria há 30 anos.

3. Assinale a alternativa correta em relação ao significado da palavra “impopular”, de acordo com o título e o desenvolvimento da matéria “Para educar é necessário
ser impopular”.
(A) ser desconhecido.
(B) ser raro.
(C) arriscar ser odiado.
(D) ser firme nas atitudes.
(E) agir com o coração.

4. Assinale a alternativa cuja atitude educativa faria com que os filhos considerassem seus pais “impopulares”, na época atual.
(A) Vestir crianças pequenas como adultos.
(B) Permitir que garotas entre 12 ou 13 anos se vistam de modo sensual.
(C) Tutelar o que os filhos fazem quando estão na internet.
(D) Deixar que os filhos descubram, por conta própria, a distinção entre o certo e o errado.
(E) Satisfazer os caprichos dos filhos para que eles não se sintam infelizes e fora do contexto social.

Leia o texto abaixo para responder às questões de 5 a 7.

Educar para fazer melhores escolhas
José Manuel Moran - Educador humanista inovador

Num mundo mais complexo e onde há tantas possibilidades em todos os campos, pessoais e profissionais, precisamos fazer cada vez mais escolhas. A educação pode ser um caminho fundamental para ter condições de fazer escolhas mais significativas no campo intelectual, emocional, profissional e social na construção de uma vida mais plena de sentido e realização.

A finalidade principal de aprender não é acumular informação, mas transformá-la em conhecimento que permita fazer opções interessantes entre idéias, valores, visões de
mundo, com freqüência, conflitantes. Esse papel mais amplo não pode ser atribuído somente à escola, mas também à família, a cada instituição, à cidade como um todo (cidade educadora). Mas a escola tem focado mais a formação intelectual do que a vivência das práticas aprendidas; isto é, se preocupa em mostrar caminhos, sem acompanhar os resultados concretos (a realização pessoal, profissional, emocional).

De que adianta saber muito, se somos infelizes, se temos dificuldades em assumir desafios, em sair de situações de opressão em alguns campos?

A educação – na sua dimensão pessoal – pode contribuir para que façamos escolhas significativas na construção de uma vida com sentido, que nos realize, que tenha valor aos nossos olhos e aos de outras pessoas. É fundamental construir um percurso de vida que valha a pena, que nos traga cada vez mais realização e que seja motivo de orgulho: realizamos algumas coisas interessantes: "contribuí para melhorar a vida
de centenas de alunos", ou "criei uns filhos que estão aprendendo a seguir seu caminho"... Uma das maiores frustrações das pessoas é constatar que não construíram algo de que se orgulhem e que as realize, que deixaram passar o tempo e se acomodaram na mediocridade.

Podemos analisar o impacto da educação, a longo prazo, pela facilidade maior ou menor em enfrentar dificuldades, em fazer escolhas mais interessantes para nossa vida, na capacidade de modificar o que nos prende, o que nos complica na vida profissional, familiar, social; na constatação de que construímos uma vida que faz sentido e nos realiza.

Um dos campos mais importantes da educação pessoal é conseguir discernir o que vale a pena manter das visões de mundo que nos foram transmitidas pelos nossos pais e
educadores na infância. Recebemos muitos valores prontos, formas de enxergar o mundo muito específicas. É importante ter condições de rever o que faz sentido depois que vamos crescendo e libertar-nos de muitos medos, preconceitos, deturpações, simplismos, que nos foram passados, muitas vezes com a melhor das intenções. Educar é ajudar a desconstruir o que não nos serve mais e reconstruir de forma mais ampla valores, emoções, visões de mundo mais condizentes com o nosso grau de percepção atual.

Muitos ficam tolhidos pelo medo, pela inércia, pelo comodismo de não pensar criticamente. Num mundo cada vez mais complexo, de brutais mudanças, mas onde há muitos valores que nos complicam (como o consumismo, o mostrar-se diferente do que se é) a educação humanista, integral, profunda é decisiva para ajudar a crescer na nossa realização pessoal, familiar, profissional e social.

Texto complementar do livro: A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Ed. Papirus.

5. De acordo com as informações apreendidas do texto, pode-se afirmar que
(A) se acomodar na mediocridade é poder modificar o que nos prende.
(B) educar é criar condições que capacitem os filhos para fazerem escolhas em todos os campos.
(C) construir uma vida mais plena de sentido não implica realizações no campo intelectual, emocional, profissional e social.
(D) parecer o que não é e comprar além dos limites são valores importantes numa educação humanista.
(E) o principal objetivo da aprendizagem é acumular informações.

6. Assinale a alternativa que reúne as afirmações corretas em relação às afirmações contidas no texto.

I. A realização, que é o sentido da vida, depende de escolhas significativas valorizadas por nós, independente do parecer dos outros.
II. Fazer opções interessantes entre idéias, valores, visões de mundo, depende de um trabalho educador conjunto entre escola, família e comunidade.
III. O papel da escola deve ir além, não apenas mostrar caminhos, mas acompanhar a concretização dos resultados, a realização pessoal, profissional e emocional do indivíduo.
IV. A capacidade de enfrentar problemas no âmbito pessoal, social ou profissional independe da educação.

É correto o que se afirma apenas em
(A) I e III.
(B) I, II e IV.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

7. Assinale a alternativa que melhor substitui os termos grifados no trecho abaixo, fazendo as adaptações de concordância necessárias, sem alterar a informação do
contexto em que está inserido. Muitos ficam tolhidos pelo medo, pela inércia, pelo
comodismo de não pensar criticamente.

(A) dificultados/ ignorância/ conforto
(B) proibidos/ indisposição/ impotência
(C) paralisados/ lentidão/ acomodação
(D) imobilizados/ torpor/ bem-estar
(E) inibidos/ indolência/ conveniência

Leia o texto abaixo para responder às questões de 8 a 10.

Aprendendo com e ao longo da vida
José Manuel Moran

A educação é um lento processo de aprender o que é significativo para a vida, de aprender a tornar-se cada vez mais livre, mais independente de tudo o que nos foi imposto, trazido de fora.

A educação é aprender a discernir, escolher o que vale a pena entre tantas informações, emoções e valores que nos transmitiram.

A educação é um processo contraditório de libertação, de fazer nossas escolhas conscientes, de viver nossa vida e não a dos outros, de evoluir na direção de uma maior autonomia e realização.

A educação é um processo complexo, rico, tenso de tornar a vida importante, de achar o lugar, as atividades, as pessoas significativas.

O maior desafio que temos é aprender a transformar-nos em pessoas cada vez mais humanas, sensíveis, afetivas e realizadas. De nada adianta, saber muito, se não o aplicamos nas nossas vidas.

A educação, sem dúvida, tem uma dimensão claramente social, de aprender com a experiência dos outros, de saber conviver com as diferenças, de contribuir para melhorar a sociedade em que nos encontramos. Mas possui também uma dimensão que não se valoriza muito hoje na escola: a do desenvolvimento pessoal integrado, constante e
transformador. A educação pessoal acontece ao longo de nossa vida, no desafio maravilhoso de crescer, de evoluir mais em todas as áreas, de tornar-nos pessoas mais livres, de aprender a conviver com nossas dificuldades, de aprender a conviver com as pessoas, com os animais, com o planeta, com o universo.

A educação é eficaz quando consegue que cada um de nós se sinta motivado internamente a querer conhecer mais e a procurar mudar o seu comportamento, as atitudes e os valores ao longo da vida.

Aprendemos pouco, quando só focamos o lado profissional, quando só queremos aprender para ganhar mais dinheiro. Aprendemos pouco quando nos acomodamos e não
acreditamos que possamos evoluir mais. Aprendemos pouco quando mostramos uma face externa para os outros que não corresponde ao que intimamente percebemos; aprendemos
pouco quando não acreditamos que valha a pena perseverar no processo de crescer sempre, de entender melhor, de aceitar-se, de tentar as mudanças possíveis.

A educação é eficaz quando nos ajuda a enfrentar as crises, as etapas de incerteza, de decepção, de fracasso em qualquer área e nos ajuda a encontrar forças para avançar e achar novos caminhos de realização.

A educação é eficaz a longo prazo, no “Enade” da vida, quando, em determinados períodos, olhamos para trás e avaliamos o que construímos, onde avançamos, onde nos
perdemos; e quando olhamos para o presente e analisamos se continuamos aprendendo, se nos sentimos pessoas mais amadurecidas emocionalmente, intelectualmente, eticamente.

Hoje estamos tão preocupados pelo julgamento social, que, muitas vezes, agimos como atores, representando papéis que nos desfiguram. A educação precisa insistir mais na
aprendizagem a relacionar-nos com as nossas expectativas e contradições, na construção de uma identidade coerente, que integre o pessoal, o profissional e o social.

8. Assinale a alternativa que está em desacordo com o texto.
(A) Procurar mudar o comportamento não faz parte da educação. A evolução atinge o seu limite na vida adulta.
(B) Educar implica libertar e independer.
(C) Aprender com a experiência dos outros é sinal de sabedoria.
(D) O jovem que recebeu boa educação tem a capacidade de discernir, escolhendo o que é bom.
(E) O julgamento social, muitas vezes, nos obriga a representar, deixando nossa real identidade de lado.

9. De acordo com o texto, assinale a alternativa que não corresponda ao contexto de uma boa educação.
(A) Aceitar e conviver com as diferenças.
(B) Conformar-se diante das limitações.
(C) Fazer escolhas conscientes.
(D) Acreditar no crescimento contínuo.
(E) Olhar para trás sem carregar culpas.

10. Ao citar a “construção de uma identidade coerente”, o autor tem a intenção de dizer que devemos ser
(A) eficientes em nossas atitudes.
(B) constantes nas representações impostas pela sociedade.
(C) sintonizados ao social, ao profissional e ao pessoal.
(D) bem sucedidos.
(E) eficazes e prudentes com os relacionamentos.

LEGISLAÇÃO

11. A Resolução nº 2 do CNE/CEB, de 07 de abril de 1998, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, prevê, no corpus do artigo 3º, que as escolas deverão estabelecer como norteadores de suas propostas pedagógicas alguns princípios.

Analise as alternativas abaixo e assinale a que não traz esses princípios.
(A) Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.
(B) Princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
(C) Princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
(D) Princípios dos direitos ao exercício da cidadania, do desenvolvimento e exercício coligidos da criatividade e considerações acerca da autonomia da escola no
contexto de gestão democrática.
(E) Princípios éticos (autonomia e ordem democrática), de cidadania (direitos e deveres) e estéticos (sensibilidade e criatividade).

12. Em conformidade com o artigo 13 da Lei 9.394/96 – LDBEN, em seus incisos I e II, ressalta-se o necessário protagonismo dos professores no processo de construção coletiva do projeto pedagógico. Quanto à Educação Especial e à aprendizagem do educando com necessidades educacionais especiais, não será possível conceber que
(A) o aluno irá se moldar e/ou se adaptar à escola; para tanto, a escola é que, consciente de sua função, colocar-se-á à disposição do aluno, promovendo, assim, um espaço inclusivo.
(B) o educando com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos da educação geral.
(C) o planejamento e a melhoria, consistentes e contínuos da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino, com vistas a uma qualificação crescente do processo pedagógico para a educação na diversidade, impliquem ações de diferentes
naturezas, tais como a administrativa, a pedagógica, etc.
(D) a comunidade escolar, no seu pleno conjunto – alunos com ou sem necessidades especiais, agentes, professores, direção [et all] – estarão articulados com os níveis de governo.
(E) os centros e as entidades de pessoas com deficiências, além das instituições de ensino superior e de pesquisa e, também, os meios de comunicação, etc., interatuem no processo de inclusão.

13. Segundo o artigo 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 1996, em consonância com a Resolução CNE/CEB nº 2/2001 que Institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, fica assegurado, pelos sistemas de ensino, aos educandos com necessidades especiais:

I. currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender as suas necessidades.
II. terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para superdotados.
III. professores com especialização adequada em nível superior para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos em classes comuns.
IV. educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que apresentem uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual e psicomotora.
V. acesso igualitário às subtrações dos programas sociais disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

É correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I, II e IV, apenas.
(D) II, III, IV e V, apenas.
(E) I, II, III, IV e V.

14. A Lei 8.069, de julho de 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em seu Capítulo II, Título V do Conselho Tutelar, ratifica as atribuições do órgão de
menção. Para tanto, concebe-se impertinência a este organismo
(A) reger ao prelado judiciário os casos que sejam de sua envergadura.
(B) emitir relatórios e solicitar certidões de nascimento e, também, de óbito de criança ou adolescente, se assim se fizer imprescindível.
(C) dirigir ao Ministério Público apontamentos ou fato que componha infrações do tipo administrativa e/ou penal que se oriente de encontro aos direitos da
criança e do adolescente.
(D) deliberar, plena e unicamente, pela força de comando judiciário que lhe é outorgada, a petição de quem tenha fidedigna autoridade.
(E) atribuir ao Ministério Público, para decorrência das ações de perda ou cessação do poder nacional.

15. Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a LDBEN – Lei 9.394/96, em seu artigo 5º, garante que “o acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo”. Para tanto, serão atribuições e exigências [et all] designadas aos sistemas
de ensino e asseguradas pelo Poder Público
(A) Estados e municípios atuarem em regime de colaboração, a fim de recensear a população em idade escolar para o Ensino Fundamental e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso, além de fazer-lhes chamada pública e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
(B) o acesso ao ensino obrigatório, contemplando, em seguida, as demais modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais legais.
(C) comprovação da negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime consuetudinário.
(D) garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, estabelecendo contornos alternativos de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
(E) a União prestar assistência aos Estados e municípios que trabalharam em regime de
colaboração sob incumbência da garantia do preceito constitucional.

16. Os artigos 7º e 8º da LDBEN, inseridos no corpus da Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, fazem
menção ao atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino regular em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica e acerca das classes comuns e sua organização nos estabelecimentos de ensino. Para tanto, constitui-se incoerência
(A) professores das classes comuns e da educação especial, capacitados e especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos.
(B) distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências de todos os alunos, dentro do princípio de educar pela diversidade.
(C) sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula; trabalho de equipe na escola e viabilização emblemática de redes de apoio, sob participação da família no processo educativo, bem como de outros agentes e outros recursos da comunidade.
(D) condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/ possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de
colaboração com instituições de Ensino Superior e de pesquisa.
(E) serviços de apoio especializado em salas de recursos, nas quais o professor especializado em Educação Especial realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos.

17. O artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 1996, que trata dos princípios e fins da educação brasileira, garante: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.

Consoante a esse postulado,
(A) tem-se o projeto pedagógico da escola – que se viabiliza, por meio de uma prática pedagógica que tenha como princípio norteador, a promoção do desenvolvimento da aprendizagem de todos os educandos, inclusive daqueles que apresentem necessidades educacionais especiais.
(B) tem-se a análise de causa – ajuizar o aluno como “tronco de um problema”, infligindo a ele um amoldamento aos padrões de normalidade, viabilizando, assim, que ele aprenda quando inserido junto aos demais alunos.
(C) tem-se a conjuntura social – agenciar a interação entre as ações desenvolvidas pelas esferas de poder de modo a acender em todo o conjunto social o movimento de conscientização acerca da imensa diversidade contida na escola, promovendo o implemento de acolhimento dos diferentes alunos e de suas especificidades.
(D) têm-se as esferas de poder – cominar e balizar às instâncias de poder (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e aos domínios responsáveis pela Educação Especial a responsabilidade por uma educação que se conceba, verdadeiramente, inclusiva.
(E) têm-se as regionalidades e a localidade – edificar, isoladamente, possíveis espécies de importância acerca da diversidade localizada dentro do contexto
escolar.

18. No artigo 227 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, tem-se: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação [...]”. Importâncias ratificadas pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Para tanto, os parágrafos inseridos no corpus constitutivo deste artigo trazem algumas considerações. Assinale a alternativa que não traz uma dessas considerações.
(A) As considerações podem ser compreendidas pela promoção, por parte do Estado, de programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não-governamentais e obedecendo alguns preceitos.
(B) A lei trará a disposição acerca das normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
(C) O direito à proteção especial abrangerá aspectos de idade mínima para admissão ao trabalho, garantia de direitos previdenciários e trabalhistas, além de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica.
(D) A opulência aos princípios de difusão, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, mediante aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; concomitantemente, o Poder Público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, à desídia quanto ao acolhimento, sob forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado.
(E) As considerações podem ser compreendidas pelos programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependentes de entorpecentes e drogas afins; simultaneamente, a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

19. No Brasil, a avaliação ainda é concebida para aprovar ou reprovar o aluno e é utilizada, simultaneamente, como instrumento de classificação do educando. Concomitantemente, o conceito, a função e os instrumentos de avaliação na rede municipal da cidade de Sorocaba são redirecionados por meio da Deliberação e
Indicação nº 01/2001, expedidas pelo Conselho Municipal de Educação da cidade. Portanto, a averiguação do rendimento escolar, nesse município, concretizar-se-á
(A) por procedimentos legais e formas operacionais para atendimento de pedidos de reconsideração e recursos, que são cogentes à reflexão acerca da finalidade da avaliação que tem como objetivo inicial a quantificação dos resultados.
(B) pela aplicabilidade no processo de ensinoaprendizagem; sendo assim, o enfoque da avaliação não deverá ser apenas no aluno, mas na classe e na escola, de modo que a averiguação seja plena e constante, com a imprescindível atribuição de notas e conceitos.
(C) sob reconsideração dos sistemas de ensino que ainda avaliam formativamente, com base em tarefas pré-definidas e aplicadas, exclusivamente, para contabilizar o que o aluno aprendeu.
(D) nos conteúdos acadêmicos, que se constituem de uma grande lista de conteúdos a serem apreendidos pelo educando e ajustam-se aos objetivos de inclusão escolar o qual a cidade preserva.
(E) mediante processo interpessoal de aprendizagem que sugere que o aluno seja integralmente avaliado por intermédio de suas necessidades, realidades e competências, entretanto, a avaliação deverá, também, contemplar o desempenho do professor, assim como a seleção dos métodos, procedimentos e materiais que foram utilizados.

20. A Deliberação nº 2 do Conselho Municipal de Educação de Sorocaba em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, fixa normas para operacionalizar a avaliação nas escolas quanto à (re)classificação de alunos nas escolas da rede municipal de ensino. Para tanto, não delibera que
(A) a classificação deverá ser feita por intermédio da diretoria de ensino que irá designar os procedimentos a serem realizados pela escola, entretanto, a unidade escolar precisará ter em seu regimento qualquer referência acerca da (re)classificação de alunos.
(B) a classificação constará em qualquer série ou equivalente com exceção da primeira série do Ensino Fundamental.
(C) ocorrerá por promoção dos alunos da própria escola com aproveitamento da série ou equivalente anterior, assim como por transferência de alunos de outras escolas por meio de avaliação feita pela própria escola, independentemente da escolarização
anterior.
(D) na classificação, sem escolarização anterior, sejam necessárias algumas medidas, tais como ser requerida no início do ano letivo e, excepcionalmente, em outras épocas.
(E) o interessado deve indicar a série em que pretende matrícula, observando-se a idade de correlação.

CONHECIMENTOS TEÓRICO-PEDAGÓGICOS

21. De acordo com Freire (1997), o professor, quando entra em uma sala de aula, deve estar aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições,
concebendo-se como um ser crítico e inquiridor, inquieto na tarefa de ensinar.
Para tanto, insiste em um saber necessário ao professor dentro deste contexto, que é
(A) (re)conhecer que saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
(B) distinguir os momentos de permitir possíveis questionamentos dos educandos, pois a noção de limites no processo de ensino-aprendizagem só pode ser delimitada pelo professor.
(C) perceber quando se faz necessário um posicionamento mais impresso de autoridade no que se refere à disciplina em sala de aula.
(D) pensar certo ao compreender que ensinar é transferir conhecimento, portanto assumir o papel de motivador mor da aprendizagem e aquisição cultural dos educandos.
(E) salientar a sua importância em sala de aula de modo a justificar posturas mais autoritárias mediante intervenções infundadas dos discentes.

22. Para Freire (1997), ensinar exige liberdade e autoridade, porém o autor concebe que a liberdade sem limite é tão negada quanto a liberdade asfixiada ou castrada. De fato, um problema encontrado entre os educadores que têm posturas didáticas mais democráticas tem sido o como trabalhar no sentido de fazer possível que a necessidade
do limite seja assumida eticamente pela liberdade.
Dessa forma, pode-se compreender(,)
(A) numa óptica progressista, quanto mais livre mais crítico, porém a autoridade deverá submergir-se no caráter de assessoramento ratificando nas relações humanas as posições hierárquicas de comando.
(B) sob o ponto de vista ético, quanto mais criticamente a liberdade assume o limite necessário tanto mais autoridade tem ela para continuar lutando em seu nome, pois a liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em
face da autoridade dos pais, do professor e do Estado.
(C) a clara idéia do autor em vislumbrar uma atuação mais autônoma do professor na prática pedagógica, uma vez que associa a idéia de liberdade à de autoridade sendo, portanto, um chamamento à libertação do professor nas relações didáticas e uma
reafirmação de sua condição de superioridade no processo.
(D) que liberdade e autoridade são necessidades intrínsecas aos seres humanos, para tanto, o professor vê-se recalcado ao exercício de ambas no âmbito de escolarização formal por perceber que a liberdade do aluno tomou o lugar de sua liberdade e que, portanto, exercer a profissão com mais autonomia implica riscos que não irão compensar.
(E) o movimento progressista indo de encontro às necessidades indicadas como primordiais ao exercício docente, uma vez que só se tem o reconhecimento do que se é importante quando sentimos a ausência na necessidade de utilização.

23. A prática educativo-crítica vislumbra, dentro de uma experiência especificamente humana, que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Trata-se de uma intervenção que, além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos, implica tanto esforço de reprodução da ideologia dominante quanto seu
desmascaramento. Por outro lado, nem apenas pode ser reprodutora e, tampouco, apenas desmascaradora da ideologia dominante (Freire, 1997). Faz-se imprescindível, para o entendimento da dialética supramencionada, conceber a prática educativa da educação
(A) de um modo neutro, indiferente a qualquer destas hipóteses, pois não se tem reprodução da ideologia dominante e não há, também, contestação desta mesma ideologia.
(B) submergida na tarefa de reprodutora da ideologia dominante e consiga desocultar a realidade a fim de promover um equilíbrio entre as duas hipóteses apresentadas.
(C) dentro da óptica docente que reconhece que a atuação do educador não pode ser neutra por exigir um posicionamento, uma decisão e até uma ruptura, concomitantemente ser a favor da liberdade contra o autoritarismo, da democracia contra a ditadura.
(D) inserida no contexto administrativo da escola, pois a distribuição do currículo (conteúdo ideológico), a elaboração e execução do planejamento e a distribuição de aulas aos professores das áreas específicas etc. são de responsabilidade do diretor
de escola e este é o principal representante dos interesses hegemônicos.
(E) mergulhada nos preceitos e valores socioculturais mais amplos, pois o processo de ensinoaprendizagem é um campo estrito de análise e, portanto, não sustenta por si só o trabalho de reprodução de ideologias dominantes.
24. O tema avaliação torna-se problemático à medida que amplia a contradição entre o discurso e a prática dos educadores. Sendo assim, faz-se necessário desestabilizar as práticas rotineiras e automatizadas da avaliação a partir de uma tomada de decisão coletiva sobre o significado desta prática. Para Jussara Hoffmann, a avaliação educacional configura-se em mito e desafio, sendo estes ligados, respectivamente,
(A) ao autoritarismo e à análise dos pressupostos teóricos que fundamentam a avaliação.
(B) à noção do impossível e à justificativa para capacitação e treinamento docente.
(C) ao sonho de uma educação pública de qualidade e à efetivação do continuum formativo do educador.
(D) à (re)construção da práxis pedagógica a partir das necessidades coletivas e o aprimoramento individual por meio de cursos de capacitação.
(E) à mitificação do trabalho docente e às inabilidades de atuação.

25. Os seres humanos não nascem humanos, aprendem a ser humanos. Para tanto, nessa aprendizagem, há sucesso e fracasso. Deste modo, a Educação Básica não poderia reduzir esse direito ao domínio de habilidades e competências pontuais, pois tal reducionismo empobrece e reduz o ensinar e, conseqüentemente, os ensinantes
(Arroyo, 2000).

Para este autor, faz-se necessário que o professor
(A) reinterprete a função de ensinar aprendendo a ser humano e a recuperar o sentido do ofício de mestre em consonância com uma matriz pedagógica calcada na curiosidade para aprender a ser.
(B) aprenda além da própria escola com um aprendizado efetivo e próprio para o ofício de ensinar, pois não há déficits advindos das experiências únicas vivenciadas por cada ser humano em seu contexto de vida.
(C) reconheça que a curiosidade é algo intrinsecamente do mundo infantil e que, portanto, o ofício docente deve estar embasado no conhecimento epistemológico das inúmeras leituras advindas do universo clássico-literário.
(D) perceba que a docência deve instigar o aluno à curiosidade, mesmo que a vontade de aprender dentro da escola por parte dos alunos seja tarefa única dos próprios discentes.
(E) saliente ao educando a importância da formação para o atendimento das necessidades do mercado e que o seu ensinar sempre tenha sentido, independentemente da vontade do aluno.

26. “As sociedades tendem a domesticar os indivíduos por meio de mitos e idéias [...], entretanto os mitos e as idéias voltaram-se sobre nós”
(Morin, 2000).

A reflexão descrita sugere que [mitos e idéias] invadiram os seres humanos de modo a deixar seu legado. Segundo o autor, assinale a alternativa que exprime a herança advinda destes dois elementos.
(A) Emoção, amor e raiva, porém nem todos os homens são capazes de morrer por uma idéia.
(B) Emoção, amor, raiva, êxtase e fúria; os humanos possuídos são capazes de morrer ou matar por um deus, por uma idéia.
(C) Amor e ódio e, neste contexto, todos os homens são capazes de morrer ou matar pelo caráter de passionalidade.
(D) Êxtase e fúria são elementos herdados pelo campo de idéias sociais que sucumbe a individualidade humana. Simultaneamente, os seres humanos tornam-se mais agressivos mediante situações desconfortáveis.
(E) As emoções são frutos da percepção momentânea e, neste sentido, nada têm a ver com domestificação e sim com descontrole e/ou inadaptabilidade social de certos seres humanos.

27. Segundo o autor Miguel Arroyo (2000), a idéia do ambíguo sonho da profissionalização surge como remédio para que nossa identidade seja afirmada, já que no final dos anos 70 houve uma opção pelos “trabalhadores em educação” e mais atualmente se fala em “profissionais”, como se tivesse obtido uma redefinição da auto-imagem do professor. Neste sentido, dá para se ter um estatuto profissional enquanto professores de Educação Básica, para tanto, os critérios profissionais precisam ser definidos, assim como a competência. No entanto, os mestres da Educação Básica, segundo o autor, mesmo com seus saberes e competências, não têm garantido o reconhecimento social como acontece com os médicos, por exemplo. Há questionamentos a serem feitos para uma real concepção do ser professor e da imagem a ser construída deste profissional. A partir dos pressupostos supramencionados, assinale a alternativa que, para o autor, seria um ponto inicial de análise.
(A) A imagem concebida de nosso papel social corresponde apenas às expectativas irreais de uma sociedade delirante.
(B) Elaborar uma percepção fidedigna acerca de nossa profissão é tarefa sugestionada por padrões sociais determinantes, dominantes e político.
(C) Somos a imagem que fazem de nosso papel social e não o que insistimos em ser; simultaneamente temos a imagem social construída sobre o ofício de mestre e as diversas formas desse exercício.
(D) O posicionamento político de nosso ofício determina uma forma de exercício coerente com o que se espera. Para tanto, o campo social em que se insere o docente é imprescindível para designar sua maneira de atuar, sem relevância na sociedade em
geral.
(E) Competência docente refere-se a todo o conjunto de saberes necessários à prática pedagógica bem sucedida; por outro lado, há, neste contexto, uma dualidade a ser superada pelo educador: seus saber e saber-fazer.

28. O projeto político-pedagógico da escola é entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola.
Para Veiga (2006), a escola é concebida como espaço social marcado pela manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico. Para tanto, a construção do projeto políticopedagógico parte de alguns princípios, que são:
(A) liberdade e, conseqüentemente, autonomia às decisões, gestão democrática e participativa.
(B) desempate, aristocracia, valorização do magistério e melhores condições de trabalho.
(C) igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério.
(D) divisão de tarefas, exercício de funções e obrigações, qualidade e meritocracia.
(E) qualidade, liberdade e gestão democrática do ensino público.

29. “[...] O saber pedagógico necessário depende mais de ser vivido do que ser transmitido, pois assim será aprendido num diálogo atento: com os diversos aprendizados, como percurso da nossa formação, com a trajetória daqueles
com os quais convivemos”. Segundo Arroyo (2000), trata-se da exploração das linguagens e expressões humanas além da leitura de teoria, dos saberes produzidos. Ainda neste contexto, o autor menciona acerca da leitura de outras manifestações do avanço da consciência dos direitos, das lutas pela dignidade e direitos fora e,
também, próximos da escola, das famílias e da comunidade. Ratificando tais considerações, tem-se a necessidade de
(A) “elencar fatos verídicos, trágicos e de conspiração sociopolítica para elucidar o quanto a população de baixa renda tem sofrido ao longo do processo histórico, justificando a postura que vem sendo adotada por muitos educadores na prática
pedagógica”.
(B) “ler e escutar a história real, brutal da infância popular, daqueles que jamais poderão voltar a uma época não vivida, e, concomitantemente, refletir sobre a teoria, a prática e os projetos, mas não se esquecer dos sujeitos”.
(C) “aculturar os alunos dentro da escola para promover a difusão da cultura dominante, uma vez que o alunado terá reconhecimento de seu amplo conjunto de habilidades se estiver em consonância com as expectativas socialmente determinadas pelo poder minoritário, porém de grande expressão na grande conjuntura social”.
(D) “desenvolver o olhar pedagógico de sujeitos preocupados com a desumanização, promovendo a formação dos seres humanos mestres e estudantes, tornando-os sujeitos”.
(E) “olhar com olhos atentos, de afetuosidade perante os brutais processos de desumanização a que são submetidos tantas mulheres e homens perto de nós, tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos com quem convivemos como educadores”.

30. O eixo administrativo da escola refere-se à organização da escola em amplo sentido e, nele, destacam-se o estilo de gestão e a figura do diretor como agente promotor de um processo que envolve outro padrão de relacionamento, não só interno, mas com a comunidade e com o sistema educacional no qual a escola está inserida. Para tanto, pode ser medido, segundo Veiga (2006), por intermédio de algumas dimensões. São elas:
(A) racionalidades interna e externa, controle de ações, administração de pessoal e administração de material.
(B) controles normativos, racionalidade interna e administração de material.
(C) gestão de pessoas, gestão de materiais, controles normativos e de natureza social.
(D) forma de gestão, controles normativo-burocráticos, racionalidade interna, administração de pessoal, administração de material e controle de natureza social.
(E) gerenciamento de materiais, racionalidade interna, administração de pessoas e controles normativoburocráticos.

31. Para Morin (2000), é preocupante o fato de a Educação permanecer-se cega quanto ao que seja o conhecimento humano e, também, saber que o conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão [...]. A educação do futuro, para o autor, é saber enfrentar o problema da dupla face do erro e da ilusão. Sendo assim, faz-se possível afirmar que à educação não competiria
(A) mostrar que não existe conhecimento que não esteja ameaçado pelo erro e pela ilusão, pois o conhecimento não é um espelho das coisas e nem do mundo externo, mas sim traduções ou reconstruções codificadas pelo sentido.
(B) conceber que o conhecimento trata-se de traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais que resultam de percepções passíveis de erros.
(C) indicar que o erro pode advir da percepção, mas existe o erro intelectual.
(D) apontar que o conhecimento fundamenta-se no traduzir e reconstruir e, portanto, comporta interpretação sob o risco do erro na subjetividade do conhecedor, pois a projeção de emoções e de nossas perturbações mentais aumentam, significativamente, os riscos de erros.
(E) esclarecer que os erros mentais não existem, pois nossa memória não é fonte de erros, já que todas as informações são armazenadas e, portanto, caberia às escolas e propriamente ao educador reavivar todas as lembranças advindas das inúmeras experiências trazidas pelo educando do seu contexto de vida.

32. Diante do erro, quando é concebido de modo construtivo, considera-se que o conhecimento produzido pelo educando, num dado momento de sua experiência de vida, é um conhecimento em processo de superação. A criança e o jovem aprimoram sua forma de pensar o mundo à medida que se deparam com novas situações, novos desafios e (re)formulam suas hipóteses. Tal maneira de avaliar pode ser compreendida num contexto de
(A) averiguação da aprendizagem inovadora ainda desconexa das reais necessidades do educando, pois se concretiza de modo subjetivo, sem constatação de sua viabilidade.
(B) avaliação desvinculada da concepção de verificação de respostas certas e/ou erradas, pois encaminha o educando num sentido mais investigativo e reflexivo no qual se privilegia a manifestação dos alunos.
(C) verificação vinculada à concepção de classificar, pois imprime a inópia subliminar de quantificar atividades e/ou as ações do educando, mesmo que se apresente num momento inicial, como uma análise meramente qualitativa.
(D) constatação da relação dialética do ensinar e aprender, além do distanciamento entre tais ações, pois ensinar, aqui, faz menção ao saber epistemológico oferecido pelas instituições de ensino e o aprender refere-se às aprendizagens advindas do cotidiano, de situações espontâneas, do senso comum.
(E) comprobabilidade de que avaliar subjetivamente não constata de fato o que o aluno aprendeu, mas ratifica a importância da troca de experiências ao desenvolvimento pleno do educando.

33. O educador vê-se constantemente desafiado a saber lidar e agir em situações inesperadas. Trata-se de atuar sob o foco da surpresa, pois o inesperado, quando se manifesta, nos surpreende. Segundo Morin (2000), nossas idéias e teorias não têm estrutura para aceitar o novo. Por outro lado, a habilidade de saber lidar com situações inusitadas torna-se imprescindível nas relações didático-pedagógicas assim como nos mais diversos contextos sociais. Para tanto, há de se compreender que, em qualquer educação,
(A) as teorias fundamentarão o campo das ações de tal modo que ao lidarmos com o inesperado poderemos sustentar princípios, idéias, valores etc., tão bem arraigados.
(B) o inesperado só promoverá repúdio e medo se não houver argumentos mentais e/ou intelectuais para o saber agir, pois o profissional que pesquisa, que faz uso constante de leitura, tem seu leque de conhecimentos ampliado e dificilmente verá problema nas diversas e novas situações.
(C) homens e mulheres são brinquedos inconscientes de suas idéias e de suas mentiras e, portanto, um dever primordial da educação será o de promover a cegueira aos erros alheios, uma vez que os seres sociais são condicionados a não quererem vivenciar
situações novas.
(D) haverá a necessidade de destacar as grandes interrogações sobre nossas possibilidades de conhecer, pois precisamos ser capazes de rever nossas teorias e idéias de modo a esperar pelo inesperado.
(E) situações inusitadas não são passíveis de aceitação humana, pois a conjuntura social está toda engendrada por meio de planejamentos e projetos que fazem com que imprevistos não sejam permitidos por implicarem em perda de tempo e/ou prejuízos financeiros, culturalmente não temos tempo para arriscar.

34. “No mundo globalizado, ser aluno é ser eternamente aprendente [...]. O aluno é aprendente ao longo da vida, em interação constante com as oportunidades que o
mundo oferece. Ao professor, compete orientar o aluno nessa trajetória, fazer o educando perceber-se como participante deste mundo”. (Alarcão, 2003). Sendo assim, a aprendizagem é um modo de compreender melhor o mundo na medida em que conseguimos melhor utilizar seus recursos. Subliminarmente à descrição reflexiva supramencionada, têm-se concepções teóricas de ensino, denominadas por abordagens
(A) tradicionalista e comportamentalista de ensinoaprendizagem.
(B) tradicional e humanista de ensino-aprendizagem.
(C) construtivista e socioculturalista de ensinoaprendizagem.
(D) humanista e cognitivista de ensino-aprendizagem.
(E) tradicionalista e socioculturalista de ensinoaprendizagem.

35. Segundo Hoffmann (2001), o fenômeno avaliação é indefinido e estabelece a seguinte relação: dar nota = avaliar, fazer prova = avaliar, registro de notas =
avaliação. Deste modo, vários significados são atribuídos ao termo avaliação: análise do desempenho e julgamento de resultados [...]. Para a autora, há uma dicotomia entre educação e avaliação, uma vez que são vislumbradas
(A) em momentos distintos e não relacionados, pois a ação avaliativa é definida como julgamento de valor dos resultados alcançados e, portanto, estão inerentes a essa concepção a arbitrariedade e o autoritarismo.
(B) sob objetivos diferenciados, já que a educação tem um sentido amplo de formação do ser social e a avaliação refere-se à obtenção de dados mensuráveis do rendimento e aproveitamento do educando dentro do âmbito escolar, sem relação com o conjunto social.
(C) com finalidades distintas – a educação tem objetivo formativo, de caráter sociopolítico, e a avaliação evidencia aspectos de referência cognitiva e de níveis de escolaridade.
(D) no mesmo contexto, porém com desígnios diferentes, uma vez que a educação aprecia a formação do ser integralmente e a avaliação tem o objetivo de verificar avanços na aquisição de conhecimentos por parte do aluno.
(E) em momentos afins e relacionados. Entretanto, uma [educação] irá diagnosticar o aluno no seu amplo conjunto de competências e habilidades e a outra [avaliação], o progresso evolutivo da cognição.

36. Leia as considerações abaixo.
I. Oportunização de novos desafios, com base na observação e reflexão teórica.
II. Atribuição de notas e/ou conceitos para cada atividade realizada pelo educando.
III. Grande e significativa relevância da quantificação.
IV. Observação da criança fundamentada no conhecimento de suas etapas de desenvolvimento.
V. Relação dialógica.
VI. Aluno crítico e criativo, questionador e inventivo.
VII. Disciplina como modo de garantir a aprendizagem.
VIII. Ensino verticalizado.
IX. Valorização do processo.
X. Horizontalidade.

São implicações da avaliação e do processo de ensinoaprendizagem dissonantes das idéias de Hoffmann o presente, apenas, em
(A) I, III, VIII e IX.
(B) III, V e X.
(C) II, IV, VI e IX.
(D) IV, V, VI e VII.
(E) II, III, VII e VIII.

37. “A impotência diante dos problemas educacionais tem se constituído no sentimento mais freqüente entre os educadores que estão atualmente corroídos pelo ‘cansaço
pedagógico’ [...]”. (Veiga, 2006). A problemática não faz referência ao(à)
(A) imensa angústia dos educadores que anseiam encontrar o “como”, portanto, suplicam a receitas ou possíveis modelos de um paradigma que melhor explique o fazer educativo.
(B) desmotivação ocasionada pela baixa remuneração e condições estruturais do trabalho docente, pois faltam recursos, investimentos mais consistentes e efetivos, além do reconhecimento do papel de educador que foi, ao longo do processo histórico,
“manchado” pelas políticas públicas.
(C) fato de as teorias terem sido geradas a partir do cotidiano; faltam-lhes sustentabilidade a ações desenvolvidas na prática pedagógica, uma vez que, por não terem sido vividas, não conseguem ser absorvidas.
(D) falta de percepção e nitidez do descompasso existente, assim como a ausência de clareza de possíveis causas.
(E) embate entre o paradigma instalado e outro(s), que a realidade solicita.

38. Para Ilma Passos (2006), faz-se imprescindível o saber caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua identidade como espaço – tempo pedagógico com organização e projeto político próprio, ter como base as convicções que envolvem o processo como construção coletiva. Nesse contexto, não será possível supor e exigir
(A) rompimento com estruturas mentais e organizacionais fragmentadas, além da definição clara de princípios e de diretrizes contextualizadas, que projetem o vir-a-ser da escola.
(B) planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas claras e
exeqüíveis e crie consciência coletiva com base nos diagnósticos: geral, das áreas, por componente curricular, por setor escolar, por grupos de professores e por pessoas nos grupos.
(C) clarificação constante das bases teóricas do processo com revisão e dinamização contínuas da prática pedagógica à luz dos fundamentos e das diretrizes do currículo, da metodologia, da avaliação etc.
(D) atualização constante do pessoal docente e técnico – funcionários de todos os setores: secretária, bibliotecária, merendeira – inserida num processo de formação continuada.
(E) envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar a utopia pedagógica que reincide com os individualismos e estabelece a parceria e o diálogo franco, de modo a favorecer a coordenação do âmbito administrativo-pedagógico, para que seja mais competente e capaz ao comandar, fiscalizar, balizar e retificar as ações do contexto geral.

39. “[...] A autonomia, como a liberdade, é um valor inerente ao ser humano: o homem não nasceu para ser escravo ou tutelado, mas para ser livre e autônomo. Como um ser
social, sua liberdade e autonomia passam a ter relação com a liberdade e a autonomia dos outros seres humanos, também livres e autônomos. Por isso, o conceito de liberdade é sempre lembrado numa perspectiva de sociedade: a liberdade de um indivíduo acaba quando começa a do outro. Por extensão, a autonomia não é um valor absoluto, fechado em si mesmo, mas um valor que se define numa relação de interação social”. (Veiga, 2006)
A análise acerca da autonomia da escola não pode ser compreendida
(A) por um exercício de democratização de um espaço público de modo a delegar ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade de dar respostas [sentido amplo] ao cidadão [aluno e responsável] a quem servem em vez de encaminhálo para órgãos centrais distantes onde ele não é conhecido e, muitas vezes, sequer atendido.
(B) pela responsabilidade da escola de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa.
(C) por meio da aproximação entre escola e famílias e, conseqüentemente, pela permissão dada à comunidade de participar efetivamente do processo de ensino-aprendizagem, fortalecendo uma categoria eminentemente democrática.
(D) no respeito à diversidade e à riqueza das culturas brasileiras assim como na superação das marcantes desigualdades locais e regionais e na abertura à participação.
(E) na tolerância e eqüidade à diferença socioeconômica das classes sociais, como também no respeito e preservação à exeqüibilidade de níveis culturais.

40. “O ensino competente é um ensino de boa qualidade”. Para a autora Terezinha Rios, é imprescindível explorar a expressão “boa qualidade” para fazer conexão estreita entre as dimensões técnica, política, ética e estética do trabalho docente, pois o conceito de qualidade deve ser analisado de modo
(A) totalizante, abrangente e multidimensional; simultaneamente é social e historicamente determinado, porque emerge em uma realidade específica de um contexto concreto.
(B) determinante, consonante e bidimensional (EU versus NÓS – social: o que faço e/ou ofereço, aquilo que buscam e/ou necessitam e, ainda, esperam).
(C) a compreender os valores sociopolíticos, majoritariamente concebidos e manifestados, por uma elite da nação.
(D) a desvincular-se das necessidades de mercado, pois conceituar qualidade é realizar uma profunda análise das culturas e suas mútuas e diferenciadas expectativas.
(E) abrangente, pela acessibilidade discursiva na grande conjuntura social, totalizante, por determinar padrões a serem seguidos, e multidimensional, por negligenciar, em sua denominação, aspectos técnicos, políticos, éticos e estéticos do trabalho docente.

41. Para Rios (2001), “é importante considerar o ensino como uma prática social específica, que se concebe no interior de um processo de educação e que ocorre informalmente, de maneira espontânea, ou formalmente de maneira sistemática, intencional e organizada”. Por intermédio do gesto de ensinar, torna-se possível afirmar que o professor
(A) possibilita aos alunos a formação e o desenvolvimento de capacidades e habilidades cognitivas e operativas e, com isso, estimula-os a posicionar-se criticamente diante do instituído, transformando-o, se necessário.
(B) necessita robustecer seu papel dentro do processo de ensino-aprendizagem, reiterando valores que se esvaíram no contexto de sociedade moderna sob interferências diretas do processo de globalização.
(C) assume o papel de ensinante que aprende, constantemente, no processo de ensinar; entretanto, seu aprendizado é diferente do aprendizado dos alunos, pois há um contexto de especificidade em seu trabalho.
(D) na relação com os alunos, proporciona, por meio de um exercício de mediação, o encontro com a realidade, considerando o saber que já possuem e procurando articulá-lo a novos saberes e práticas.
(E) ratifica a idéia de que “quem ensina, ensina algo a alguém”; portanto, a ação articula-se à aprendizagem, concomitantemente, torna-se impossível falar de ensino de forma desvinculada de aprendizagem.

42. Nos dias atuais, debate-se muito acerca da formação para cidadania como tarefa da educação. Concomitantemente, é designada aos professores a contribuição para
consolidar essa constituição. Segundo Rios (2006), os educadores cumprirão tal incumbência se suas ações forem realizadas, continuamente, na direção da competência, na articulação dialética das dimensões dessa competência, pois a cidadania que se precisa formar destoa do(a)
(A) exercício da docência competente e, portanto, não será uma cidadania qualquer, uma vez que seu sentido concretiza-se num espaço democrático do qual demanda esforço coletivo de construção e no qual dilemas e conflitos estão a nos desafiar.
(B) revalidação do espaço político onde se transita o poder e que se configuram acordos de hierarquia e o de assumir compromissos.
(C) idéia de cidadania e felicidade, que têm seus significados confirmados no esforço social em que se instala a democracia.
(D) reflexão advinda a partir do desafio que se coloca à prática docente que se quer competente, no sentido de colaborar na construção de uma cidadania democrática, de uma sociedade na qual haja condições para uma vida feliz – bem ser mais do que bem estar para todos.
(E) exercício da docência competente, entretanto, será uma cidadania sugestionada e estreita, pois não se trata do sentido almejado, mas da objetivação, concretização da mesma em espaços harmônicos, isentos de conflitos e dilemas, pois assim tornar-se-á possível o diálogo e entendimento entre as pessoas inseridas e envolvidas no processo.

43. O convívio entre os pares é imprescindível para o estabelecimento da identidade de cada pessoa, concomitantemente, a identidade está abrigada nos múltiplos papéis que desempenhamos socialmente e conjuga as características singulares de um indivíduo à circunstância na qual ele se encontra. Para tanto, considere neste contexto as seguintes afirmativas:
I. a identidade é algo em permanente construção e se constrói na articulação com a alteridade.
II. a indiferença e/ou não valorização do outro é uma face da violência.
III. o outro em nossas vidas aparece como medida de nossa liberdade.
IV. a liberdade se dá na individualização.
V. os homens livres são, geralmente, os que vivem sozinhos.
VI. a liberdade se dá na relação com os nossos semelhantes.
VII. autonomia significa independência.

De acordo com Rios (2006), assinale a alternativa que constitua verdades acerca da (re)construção de nossa identidade.
(A) I, II, III e VI, apenas.
(B) II, IV e V, apenas.
(C) III, IV e VII, apenas.
(D) IV e V, apenas.
(E) IV, V e VII, apenas.

44. Os casos são a expressão do pensamento sobre uma situação concreta que, pelo seu significado, atrai atenção e merece reflexão. Para tanto, as narrativas revelam o
modo como os seres humanos experienciam o mundo e, portanto, serão melhor aproveitadas quanto maior forem os elementos significativos registrados. Sendo assim, as narrativas que são transcritas não poderão referir-se
(A) ao registro de questões do professor, mas também ter como foco os alunos, a escola e o comportamento da sociedade ou dos políticos perante a educação.
(B) ao estabelecimento de análises acerca da vida e no desdobramento de percursos profissionais, por poderem revelar filosofias subjacentes.
(C) à desmistificação de padrões de atuação e minuta de aspectos conseguidos, que visam promover a melhora e/ou alteração deles.
(D) ao manancial de reflexão do profissional, que deve ser individualizado e criteriosamente pautado na auto-observação.
(E) aos fatos do contexto físico, social e emocional do momento.

45. Segundo Alarcão (2003), “a percepção da crise educacional (sociedade da informação e do conhecimento e suas dissidentes) não pode ignorar que a escola não mais detém o monopólio do saber e, portanto, o professor não é mais seu único transmissor; simultaneamente, o aluno não é mais um “receptáculo” a deixar-se rechear de conteúdos”. Portanto, caberá ao professor
(A) promover o entendimento de seu novo papel e resignar-se à condição de informante do conhecimento, cuidando para não “ser atropelado” pelas informações advindas da sociedade do conhecimento por meio da globalização do saber.
(B) identificar a escola como uma instituição diferenciada daquela que estava habituado a ver, entretanto resistir “bravamente” à manutenção de seu status quo para não haver banalização do trabalho docente desenvolvido em sala de aula.
(C) aceitar e situar-se nestas novas circunstâncias, pois impõem-se aos alunos exigências mais complexas, tais como aprender a gerir e a relacionar informações para poder transformá-las no seu conhecimento.
(D) enjeitar a introjeção advinda do meio social quanto à importância e força das informações concebidas no senso comum, isto é, advindas do cotidiano experienciado pelo aluno.
(E) acolher e buscar seu lugar nesta nova conjuntura; simultaneamente, permanecer na transmissão de conhecimento, já que o aluno sempre seguirá seus “passos” por se tratar daquele que, embora inserido e atuante em um novo contexto, consistirá na
pessoa que “sabe das coisas”, afinal ele é, e sempre será, o professor.

46. Em uma reflexão generalizada, Alarcão (2003) afirma que as escolas permanecem “inertes em sua mesmice”, sentindo-se ultrapassadas e até “inúteis”, à espera de alguém que apareça para ressucitá-las; não percebem que a transformação ocorre por dentro, com as pessoas que a constituem: professores, alunos e funcionários em interação com a comunidade. Aponta ainda que algumas escolas já perceberam o fenômeno e tornaram-se escolas reflexivas.
Dessa forma, uma escola reflexiva não se caracteriza por
(A) considerar uma instituição em desenvolvimento e em aprendizagem, além de pensar e avaliar-se, construindo o conhecimento sobre si mesma.
(B) envolver os alunos na construção de uma escola cada vez melhor, que não se esquece dos pais e da comunidade.
(C) ser telecomandada do exterior, pois se concebe sem autogestão, tem seu próprio projeto (construído com a colaboração de seus membros), mas ainda necessita da aprovação dos órgãos centrais.
(D) saber para onde deve ir e avaliar-se permanentemente na sua caminhada, além de
contextualizar-se e interagir com a comunidade.
(E) acreditar em seus professores, cuja capacidade de reflexão e de ação sempre são fomentadas.

47. “[...] O mundo não é. O mundo está sendo”. A dialética expressa pelo autor Paulo Freire sugere uma análise reflexiva do ato de ensinar. O determinismo das ações no
âmbito escolar causa desesperança e desmotivação àqueles que ainda tentam promover um ensino de boa qualidade, visando à formação integral do educando ao exercício de sua cidadania. No saber-fazer pedagógico, há de se acreditar no progressivo movimento de aperfeiçoamento, de superação das dificuldades, de transgressão de padrões, de aceitação do novo sem ter medo de arriscar, pois “ensinar exige convicção de que a mudança é possível”. Diante desse contexto, faz-se possível retificar que
(A) o foco do trabalho docente é o aluno no seu amplo conjunto de competências e habilidades a serem desenvolvidas na escola, pois o professor é o mediador do que é produzido no mundo, e o mundo não pode ser distante, alheado do aluno.
(B) diante das abruptas e significativas mudanças sociais, culturais, econômicas, tecnológicas, científicas etc., o educador terá que buscar constantemente sua capacitação e aperfeiçoamento à pratica desenvolvida em sala de aula, visando melhor desenvolver as necessidades de seu caráter mediador.
(C) as nuances de qualidade da prática docente são passíveis de compreensão, uma vez que ser professor não exclui a externalização de seu campo subjetivo e, portanto, a manifestação de suas emoções negativas e/ou positivas ao exercício profissional, aos sentimentos de esperança, de desânimo, de enfrentamento e de recuo pelo medo.
(D) há uma teia de responsabilidades, uma vez que, a educação tem um sentido amplo, além do estrito, tem seus desígnios marcados por forças políticas, sociais e econômicas, simultaneamente, direcionados pelos autores em cena, que estão ou não inseridos na escola, mas coligados, de alguma forma, às ações desenvolvidas.
(E) as dificuldades encontradas no âmbito educacional público são permanentes e advêm das emergentes necessidades do mundo globalizado, que tem banalizado as ações da escola por serem ainda obsoletas ao contexto moderno e informatizado.

48. A capacidade reflexiva é inata no ser humano, mas necessita de contextos de liberdade e responsabilidade que permitem o seu desenvolvimento, porém é preciso
vencer inércias e realizar um grande esforço para sair do nível descritivo ou narrativo. Para tanto, a experiência mostra que o diálogo e a expressão assumem um papel fundamental que, segundo Alarcão, concebe-se num triplo diálogo: com si mesmo, com os outros e com a situação de tal modo que alcance um nível explicativo e crítico.
Diante do pressuposto apresentado, pode-se compreender que a noção de professor reflexivo baseia-se no(a)
(A) plano inconsciente da capacidade de pensamento e reflexão, que caracterizam o ser humano como criativo, e não como mero reprodutor de idéias e práticas que lhe são exteriores.
(B) formação do professor contemporâneo – que requer a metodologia da pesquisa – ação constituída sobre valor formativo advindo da reflexão sobre a experiência profissional, por tratar-se de um processo de intervenção social, cientificamente
apoiada e desenvolvida segundo ciclos de planificação, ação, observação e reflexão.
(C) desenvolvimento do espírito crítico que ocorre por meio de monólogos, do confronto de idéias internalizadas e de práticas observadas, assim como na capacidade de se ouvir por intermédio do outro.
(D) construção da práxis pedagógica moderna – que tem, enquanto requisito substancial, que o educador se permita ser menos autônomo em detrimento da coletividade e que o outro – seu aluno – seja sua prioridade.
(E) projeto consciente da memória e percepção de tudo que o cerca, captando idéias maiores e sendo movimentado por intermédio de ações coletivas.

49. “[...] Uma escola onde os professores se sintam felizes e úteis à sociedade e onde os alunos apreciem como é bom crescer em saber [...]. Desejo uma escola que conceba e projete, atue [...]; que tenha ambição estratégica por oposição [...], não quero uma escola que lamente o insucesso como se fosse um fardo [...]. Quero uma escola que se alimente do saber [...]”. Tais afirmativas exprimem como Alarcão gostaria que a escola fosse; concomitantemente, define a escola idealizada e presente
em seus sonhos, que pode ser definida por:
(A) “instituição anônima social, que se concebe sob ares de coletividade e assume-se em projetos de aplicabilidade futurista”.
(B) “organização que continuamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização e se confronta com o desenrolar da sua atividade, num processo heurístico simultaneamente avaliativo e formativo”.
(C) “conjuntura institucional de sistematização dos diversos saberes que, incumbida de formar, preocupa-se com a quantificação de informações a serem transmitidas aos sedentos por conhecimento”.
(D) “campo abastado de boas ações, que implicam em sustentar sua missão social maior, que é a de promover a real inserção e adequação de todos os seres humanos formados para o exercício da cidadania”.
(E) “estabelecimento no qual se comungam ideais afins de promoção e aquisição de saberes novos, assim como a reflexão e o aproveitamento dos saberes historicamente acumulados; sua responsabilidade finaliza-se em perpetuação e continuidade”.

50. “Tenho o direito de ter raiva, de manifestá-la, de tê-la como motivação para minha briga tal qual tenho o direito de amar, de expressar meu amor ao mundo, de tê-lo como motivação de minha briga porque, histórico, vivo a História como tempo de possibilidade e não de determinação [...].
Meu direito à raiva pressupõe que, na experiência histórica da qual participo, o amanhã não é algo pré-dado, mas um desafio, um problema” (Freire, 1997). Diante do
“desabafo literário” do autor, faz-se imprescindível refletir acerca da qualidade da Educação Pública Brasileira e, também, do posicionamento e ações dos envolvidos direta e/ou indiretamente diante dessa problemática. Para ele, diante dos problemas, dificuldades e obstáculos, o ideal é que o educador reconheça a necessidade de
(A) cruzar os braços fatalistamente diante da miséria, esvaindo, desta maneira, da responsabilidade no discurso cínico e morno, que fala da impossibilidade de mudar, porque a realidade é mesmo assim.
(B) apropriar-se do discurso da acomodação ou sair em sua defesa; adotar a fala da exaltação do silêncio imposto, de que resulta a imobilidade dos silenciados.
(C) discursar acerca do elogio da adaptação tornada como fado ou sina, negando o processo humanizador de cuja responsabilidade não se poderá eximir.
(D) adaptar-se a situações negadoras da humanização só pode ser aceito como conseqüência da experiência dominadora, ou como exercício de resistência, como tática na luta política.
(E) aceitar a condição de silenciado para não ser excluído socialmente e esperar o momento mais adequado de lutar contra as mazelas que aprisionam a liberdade de agir quando se quer.